No último sábado, um motorista de aplicativo se recusou a transportar uma família composta por duas mulheres e duas crianças que estavam vestidas com trajes de candomblé em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Imagens de câmera de segurança registraram o momento em que o carro de aplicativo se aproximou da residência da família, que pretendia ir a um terreiro religioso localizado a cerca de cinco minutos dali. O caso é investigado pela polícia.
Conforme relato da empresária Taís da Silva Fraga, que acompanhava o grupo, o motorista foi grosseiro e se recusou a levá-las devido à roupa de santo que usavam. Além de Taís, a família era composta por suas duas filhas e a sogra. A cena foi flagrada pela câmera de segurança, que mostrou uma mulher vestida de branco se aproximando do carro, abrindo a porta da frente, enquanto uma das crianças com roupa de ritual de candomblé abria a porta traseira, colocando um dos pés dentro do veículo antes de recuar.
As autoridades policiais do Rio de Janeiro deverão intimar o motorista de aplicativo para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. O caso será encaminhado para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Em nota, a Uber informou que não tolera qualquer forma de discriminação e que a conta do motorista foi desativada temporariamente até a conclusão da investigação. A empresa destacou ainda que está à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações.