Seguindo as reflexões sobre o Janeiro Branco e a importância do cuidado com a saúde mental, a psicóloga Juliana Galvão fala sobre a Rede de Apoio. Ela pode ser formada pelas pessoas que podem dar suporte a alguém em sofrimento, que estaria precisando de cuidados em saúde mental, com amigos, familiares, colegas de trabalho, entre outros.
Segundo a especialista, ter uma rede de apoio faz toda a diferença para alguém em angústia emocional, por ter uma pessoa disposta a ouvir e ajudar, que pode ser o passo inicial para a retomada de equilíbrio mental de alguém, incentivando ou acompanhando na procura por ajuda profissional, por exemplo.
O principal, muitas vezes, é apenas a presença. Mostrar-se disponível a ajudar faz toda a diferença. Nesse ponto, é possível usar um recurso importante chamado escuta ativa. E o que é isso? A própria Juliana explica.
“É ouvir o que outro tem a dizer. Sem julgamentos. Sem preconceitos. Sem comparações. Sem minimizar a dor de quem sofre. É criar uma conexão baseada em empatia e solidariedade. Caso não saiba o que dizer, silencie e até mesmo fale isso para pessoa. Algo como: ‘não sei ao certo o que posso dizer ou fazer, mas desejo muito te ajudar e por isso estou aqui’. A partir disso é provável que a pessoa em sofrimento se sinta à vontade para desabafar e procurar a ajuda de que precisa”, conta.
Vale reforçar que para um acompanhamento profissional, podem ser acionados psicólogos e/ou psiquiatras, encontrados nas Unidades Básicas de Saúde ou nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), ambos disponibilizados pelo Sus.