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MoviMente | É possível falar de política sem se estressar?

Eleições chegando, época de escolher nossos representantes. Os diferentes fatores que te levam a votar ou a não votar em alguém vem a tona. Até aí tudo bem. Nesse processo, tens conversado sobre a votação? Tens falado sobre candidatas/candidatos? Quando as formas de pensar são diferentes, nos teus grupos, rola estresse?

Um levantamento feito pelo DataFolha apontou que seis a cada dez brasileiros afirmam ter medo de agressão por causa da escolha política. Em outra pesquisa, o mesmo instituto aponta que para 40% dos eleitores há grandes chances de haver atos de violência no dia das eleições. São dados significativos que revelam a preocupação sobre o impacto das eleições.

De forma geral, há uma tendência maior para discussões acontecerem com as pessoas mais próximas. Seja no núcleo familiar, grupos de amigos ou colegas de trabalho. Não duvido que alguém que tá lendo já tenha saído de algum grupo de WhatsApp por conta de um desentendimento político.

Nesse contexto te pergunto: é possível conversar sobre política, sobretudo quando há posicionamentos diferentes, sem se estressar? O que fazer para não haver brigas e desentendimentos quando o assunto é política?

  1. Importa pensar que cada um tem um motivo para defender o que defende. Goste, concorde você ou não. Lembre que todos podemos expressar opiniões. Inclusive, as consequências sobre isso também são de cada um que se expressa.
  2. Analise se a pessoa com quem você quer dialogar está aberta à conversa. De nada adianta você falar se a pessoa não quer ouvir. Vale para ti também. Diálogo implica troca e escuta. Frases do tipo: “tu não escutaaaa” de nada vai adiantar.
  3. Procure ter empatia e tentar compreender o que motiva aquela pessoa a escolher o candidato A ou B. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém.
  4. Se não há espaço para ouvir um ao outro, retire-se. Sem prolongar uma conversa que já não existe. Se virou bate-boca, é hora de dar tchau.
  5. Tente lembrar sua história com aquela pessoa. Se é um familiar ou amigo, lembre das histórias juntos e quantos momentos bons já tiveram e que ainda podem ter. Evite as conversas mais acaloradas que só servirão para prejudicar a relação.

As diferenças e os conflitos que possam vir junto com elas, são importantes para colocar a vida social em movimento. Lidar com opiniões distintas também é importante para nossa construção crítica. O principal é buscar um equilíbrio, sem varrer os conflitos para baixo do tapete nem colocá-los em cima da mesa, tentando administrar da melhor forma.
Até a próxima.

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Juliana Galvão
Psicóloga
Crp10/3645