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MOVIMENTE |Entenda quais são os sinais de uma família com relações tóxicas

Nos últimos dias uma notícia tem chamado atenção – a entrevista da atriz Larissa Manoela, momento em que ela assumiu rompimento de relações com os pais. A atriz revelou que renunciou a um patrimônio de R$ 18 milhões para seguir administrando a própria carreira sem a família.

Fazendo uma pesquisa simples na vida de famosos, vemos que esse não é um caso isolado. Outro caso emblemático envolve a cantora Britney Spears, que após 13 anos sob a tutela do pai, em novembro de 2021 a cantora se viu livre do que os fãs chamavam de prisão. Parece que para muita gente é estranho (assustador, até) considerar a possibilidade de rompimento de laços familiares. 

Podemos entender isso sob vários aspectos, os quais incluem a expectativa social de que família é lugar de paz, amor e acolhimento. Existem ainda as convicções religiosas que podem ser prejudiciais à medida que reforçam a ideia de que é errado (pecado) limitar o contato com familiares. 

Contudo, é importante pensarmos que o espaço familiar pode representar sim um lugar de desconforto, dor e violência: a família tóxica – um espaço de vulnerabilidade e adoecimento que precisa sim de limites, controle e, em alguns casos, afastamento. Já falamos sobre a família tóxica aqui no Movimente, tem até um episódio do meu podcast (A Perguntinha, disponível também nas plataformas gratuitas de áudio) sobre esse assunto tão importante.

Tu sabes reconhecer os sinais de uma família tóxica?

1. Sensação de exaustão e desconforto emocional no ambiente familiar

2. Pouco espaço para expressar sentimentos e opiniões

3. Não se sentir aceito como é

4. Imposição de regras e modos de agir

5. Violência psicológica: comportamentos depreciativos e desrespeitosos 

Reconhecer que estar em uma família tóxica não é fácil, porém, é um passo significativo para a qualidade de vida (individual e familiar). O rompimento, que pode ser afetivo (ou não) talvez seja uma alternativa a considerar. 

O ideal é que se tente trabalhar a comunicação, incluindo a necessidade de respeitar as formas de ser dos membros do grupo e direcionando limites importantes (Exemplo: “não me sinto bem quando você faz isso”; “quando você diz isso me deixa chateado”; “preciso de mais espaço e individualidade”). Porém, se a comunicação não é possível, o afastamento pode sim ser uma escolha saudável e assertiva. Detalhe: A “ovelha negra” (by Rita Lee) pode ser a mais saudável da família.

Faz sentido para ti?

Até a próxima

Juliana Galvão

Psicóloga

CRP 10/3645