Na tarde de ontem, 1, o promotor de Justiça Criminal de Belém, Marco Aurélio do Nascimento, ofereceu denúncia contra quatro vigilantes acusados de agredir um homem em situação de rua na feira da 25, bairro de São Brás, em Belém, em 17 de dezembro de 2021.
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), também pede o indeferimento dos pedidos de revogação da prisão preventiva dos acusados, pois há elementos nos autos que não recomendam a soltura. Ou seja, o MP pede que seja negada a soltura dos acusados, que estão em prisão preventiva.
Na denúncia contra os vigilantes, existe um laudo médico que comprova as agressões que a vítima sofreu. A Promotoria de Justiça também afirmou que o crime não é configurado apenas como violência e que se trata também de um caso de crime de tortura (incluída no art. 1º, inciso I da Lei n° 9.455/97).
RELEMBRE O CASO:
Na madrugada de 17 de dezembro de 2021, um homem em situação de rua foi agredido por um grupo de vigilantes que fazia parte de uma empresa de segurança patrimonial de Belém O crime aconteceu na feira da 25, no bairro de São Brás. A vítima, que trabalhava como flanelinha na feira, foi agredida violentamente enquanto dormia sobre o box de uma das barracas. Os agressores foram seis homens fardados de vigilantes usando barras de ferro, cassetetes e correntes. As imagens violentas foram filmadas supostamente por um sétimo envolvido que queria “mostrar serviço” a futuros clientes dos vigilantes.
No mesmo dia, outro vídeo de agressão, supostamente cometido pelo mesmo grupo, foi divulgado com um jovem aparentemente também em situação de rua sendo agredido com chutes e até com maquina de choque. Não há informações do que aconteceu com o jovem.
Quatro dos seis agressores que aparecem no vídeo foram identificados pelo proprietário da empresa de segurança patrimonial. Eles foram ouvidos, assim como a vítima e testemunhas.
Os acusados foram detidos no dia 23 de dezembro.