O Ministério Público Federal (MPF) pediu, no último domingo, 6, informações a outros órgãos sobre medidas tomadas para identificar e responsabilizar os autores do bloqueio da rodovia BR-163, em Novo Progresso, sudoeste do Pará. Na ocasião, para obstruir o trânsito, foi utilizado o tronco de uma castanheira centenária e de espécie em extinção, de acordo com o MPF-PA. A Prefeitura da cidade também está sendo questionada na investigação.
O CASO
A castanheira tem mais de cem anos de vida e cerca de 30 metros foi derrubada na manhã da última sexta-feira, 4, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro com o intuito de bloquear a rodovia, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em mais um de uma série de bloqueios em todo o país, de manifestantes inconformados com o resultado das urnas. Ainda de acordo com a PRF, os manifestantes também teriam cortado outras árvores. A via foi totalmente liberada ainda na sexta-feira, depois de negociação. O bloqueio ocorreu no quilômetro 332 da BR-163, em Novo Progresso.
INVESTIGAÇÃO
O MPF enviou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) as solicitações de respostas sobre quais iniciativas foram adotadas para a identificação e responsabilização dos criminosos contra o meio ambiente e a flora amazônica.
MPF quer nomes dos responsáveis pelos crimes contra as instituições democráticas e contra a flora https://t.co/7UeflSTBnK
— MPF Pará (@MPF_PA) November 6, 2022
À PRF o MPF também pediu:
- informações sobre o registro das placas dos veículos identificados no bloqueio, para que motoristas e passageiros sejam formalmente ouvidos;
- lista dos agentes policiais incumbidos da ação de retirada da árvore da pista e da possível negociação com os manifestantes.
*Com informações do MPF-PA