Por volta de 11h30 da manhã desta terça-feira, 13, a mãe, Meire Ferreira de Oliveira, e a irmã de Marcos de Souza Oliveira, que comandava a lancha ‘Dona Lourdes II’, que naufragou na semana passada, foram até a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, acompanhadas do advogado da família, o criminalista Dorivaldo Belem, e prestaram depoimento sobre a tragédia, e dando as suas versões do que aconteceu, além de explicar o motivo de Marcos seguir realizando transporte clandestino de passageiros da Ilha do Marajó para Belém, bem como, a superlotação da embarcação e todos os demais fatores que influenciaram na tragédia.
A PC também disse, em conversa com o BT, o empresário alegou ter passado mal e não se apresentou na sede policial, no bairro de Nazaré, na capital paraense. Dessa forma, ainda nesta terça-feira, 13, a prisão preventiva de Marcos de Souza Oliveira foi decretada. De suspeito, ele agora é foragido da polícia.
CRIME
A investigação do caso corre sob sigilo, segundo nota divulgada pela Polícia Civil e pela Segup. Ele será investigado sob a acusação de homicídio doloso, quando não há a intenção de matar, mas pelas circunstâncias (superlotação e irregularidades) ele assume o risco.
NAUFRÁGIO
Até momento, as buscas pelas equipes de resgate seguem no ponto onde a embarcação naufragou, pelas equipes do grupamento fluvial, Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil. Até o momento, são confirmadas 22 vítimas, 66 sobreviventes e um desaparecido.
DEFESA
O BT entrou em contato com a defesa de Marcos Oliveira, que disse, em nota, que não compareceu à Polícia Civil hoje, como prometido, por estar muito abalado psicologicamente em virtude da tragédia, e também das ameaças que vem sofrendo. Entretanto, em respeito às vítimas do naufrágio, e à sociedade paraense, Marcos divulgou um vídeo explicando o que aconteceu.
Ressalte-se que, embora não tenha comparecido pessoalmente, constituiu advogados para lhe representar, e pretende colaborar ao máximo com as investigações, acreditando que toda a verdade será esclarecida em breve.
Por fim, a nota pontua, que é direito de Marcos (e de todo acusado) não falar no Inquérito Policial, ou seja, ele não é obrigado a comparecer à Polícia.