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Naufrágio no Combu: cooperativas de transporte que atendem a ilha reivindicam necessidades de segurança e fiscalização

Representantes da Cooperativa de Transporte Escolar e Alternativo das Ilhas de Belém e Adjacentes (Coopetrans) e da Cooperativa Mista da Ilha do Combu (Coopmic) apresentaram ao BT uma série de medidas e ações que devem ser adotadas para garantir mais segurança e maior fiscalização dos órgãos como Marinha e Capitania dos Portos em Belém, além da Semob, que viabiliza a mobilidade urbana associada às ilhas que estão no entorno da capital paraense, entre elas, a Ilha do Combu. No dia 9 deste mês, uma rabeta com 09 pessoas da mesma família naufragou, e deixou quatro mortes.

REIVINDICAÇÕES

Em nota, as cooperativas prestaram solidariedade à família envolvida no acidente e aproveitaram para solicitar aos frequentadores que embarquem e desembarquem pelo terminal localizado na Praça Isabel, em Belém.

“Trabalhamos há sete anos com esse transporte para o Combu e nunca ocorreu acidentes com nossas lanchas, porém precisamos de apoio e de políticas públicas para garantir segurança e que valorizem o turismo da Ilha do Combu de maneira que não agrida o meio ambiente e não prejudique a economia local e o nosso serviço de transporte. Operamos no terminal hidroviário de Belém, somos mais de 50 cooperados”, afirmam as cooperativas.

As cooperativas apontam as seguintes necessidades:

– Atuação mais constante da Marinha com campanhas de distribuição de coletes para a população ribeirinha e maior ação de prevenção e informação aos acidentes com maior segurança. E que a entidade fiscalize todos os portos e marinas da orla de Belém;

– Fiscalização de igarapés e furos;

– Fiscalização a jeti skis e lanchas nas marinas, que aceleram pelas ilhas sem serem incomodados, além da demarcação de placas de sinalização e de velocidade nos rios;

A ilha do Combu é um dos locais mais procurados por moradores e turistas, principalmente no fim de semana, e é acessível apenas de barco.

Sobre as reivindicações e medidas de segurança na travessia para o Combu e ilhas adjacentes, o BT solicitou um posicionamento para a prefeitura de Belém, Marinha e Semob e aguarda retorno.

Em resposta ao nosso contato, a Semob disse que: “A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) possui um projeto para o transporte de moradores do Combu, que está em fase de finalização. A Semob divulgará detalhes quando o projeto for concluído”.

Já a Marinha disse:

“A Marinha do Brasil intensificou a fiscalização, por meio de inspeções navais, com a “Operação Verão” e a segunda fase da Campanha “Travessia Segura” no Distrito de Icoaraci, Ilha de Mosqueiro, Terminal Hidroviário de Belém, Av. Bernardo Sayão e Praça Princesa Isabel, além dos municípios de Marabá, Soure e Salvaterra. Todas as embarcações brasileiras estão sujeitas à inscrição nas Capitanias dos Portos, Delegacias ou Agências. O procedimento para inscrição depende do porte da embarcação. As embarcações miúdas, como as rabetas com propulsão a motor, estão sujeitas à inscrição simplificada, cujo processo consiste na entrega dos seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de residência, prova de propriedade da embarcação ou recibo de compra e venda registrado em cartório, guia de recolhimento da União e duas fotos coloridas da embarcação. Proprietários (pessoa física) de embarcação que comprovem baixa renda têm isenção do pagamento referente ao processo”.