A Netflix anunciou na manhã desta quarta-feira, 1, quais as medidas que serão implementadas nos EUA para impedir o compartilhamento de senha entre os usuários que vivem em casas diferentes.
Como a maioria dos usuários da plataforma sabe bem, até então, era comum o hábito de um grupo acessar a plataforma por meio da conta de um único cliente, como por exemplo pessoas da mesma família, ainda que morassem em endereços diferentes, ou entre amigos que não vivem no mesmo endereço.
Justamente essa prática virou alvo da empresa, que agora passou a proibir o uso de seu serviço em lugares diversos pelos usuários.
Calma! As medidas ainda não valem para o Brasil, mas já estão repercutindo nas redes sociais pois em breve pode sim vir aí o problema para nós brasileirinhos.
Essa “ameaça” não é muito recente, a nova medida é algo já testado em países como Chile e Peru. Agora, com o lançamento da novidade de forma global cada vez mais próximo, a Netflix explicou como vai ser usar a plataforma.
COMPARTILHAMENTO SÓ DENTRO DA MESMA CASA
A Netflix definiu que uma conta em sua plataforma é para pessoas que moram juntas. Quem não mora junto com proprietário da conta precisará usar a sua própria para poder acessar a plataforma ou utilizar a nova função que faz uma cobrança extra. A medida vale mesmo que o assinante tenha um plano multi-telas.
Os dispositivos reproduzindo o conteúdo devem estar na mesma casa. A plataforma detecta as conexões através de informações como endereços IP, IDs de dispositivos e atividades da conta.
A cobrança, em caso de reprodução em lugares distintos, não vai rolar automaticamente, mas vai bloquear o acesso ao verificar os endereços.
“Quando um dispositivo fora de sua residência faz login em uma conta ou é usado continuamente, podemos solicitar que você verifique esse dispositivo antes que ele possa ser usado para assistir à Netflix ou trocar de residência pela Netflix”, explica a companhia.
BLOQUEANDO QUEM ESTIVER EM OUTRO ENDEREÇO
A Netflix usará endereços de IP, de aparelhos e atividade da conta para determinar o que agora chama de “residência Netflix”. Aparelhos usados pelos moradores desse local que se conectam frequentemente ao Wi-Fi da casa serão identificados como “aparelhos confiáveis” e permanecerão desbloqueados automaticamente. Contudo, aparelhos que não forem ligados a essa rede pelo menos uma vez no mês serão bloqueados, e será preciso entrar em contato com o suporte para reverter isso. Dentro da residência, o número máximo de aparelhos que pode ser usado para assistir à Netflix vai variar dependendo do plano assinado.
E SE EU VIAJAR?
Dentro do Centro de Ajuda, a Netflix também apresenta sua solução para pessoas que estiverem viajando e quiserem usar o serviço, por exemplo, na TV de um hotel ou num notebook. Eles poderão pedir um código temporário quando se conectarem à conta, e receberão acesso naquele aparelho por sete dias corridos.
A NETFLIX ME BLOQUEOU, O QUE ACONTECE AGORA?
A pessoa que estiver no aparelho vai perder o acesso ao serviço. A Netflix está criando uma função de transferir o perfil para outra assinatura, buscando facilitar a transição de pessoas que compartilham a senha de um assinante para sua própria assinatura. Ou, o usuário extra poderá ser taxado.
Atualmente, os termos de serviços da Netflix dizem que é proibido compartilhar senhas com pessoas fora de sua residência.
O PREÇO VAI MUDAR?
Até o momento, são três tipos de assinatura:
Básico com anúncios, por R$ 18,90, com resolução de 720p e uma tela.
Padrão com R$ 39,90, para duas telas com resolução 1080p.
Premium por R$ 55,90, com uso de até cinco telas com imagens em 4K+HDR.
Com o compartilhamento de senha pago, os usuários que queiram dividir o mesmo plano terão que pagar um valor extra.
Enquanto a cobrança pelo compartilhamento de senha já está em testes, o objetivo da Netflix é lançar a novidade de forma abrangente ainda no primeiro trimestre de 2023, que termina em março.
Com informações de Tecmundo e Chippu