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No Marajó, moradores protestam e cobram prisão de suspeito por assassinato

Na quarta-feira, 4, a comunidade de moradores da Vila Ceará, no município de Salvaterra, Ilha do Marajó, abraçaram a dor da família de Edicleison Barbosa de Souza, 21 anos, que foi assassinado à golpes de faca, na madrugada do domingo,1. A cidade tem sido tomada por protestos e pedidos de providências por parte das autoridades para recapturar o assassino da vítima, identificado como Daniel Sousa Barbosa, que foi preso pela polícia, mas um dia depois, conseguiu escapar da prisão em uma falha operacional.

Desta maneira, em especial a família de Edicleison pede por justiça e cobra que o assassino seja recapturado e preso. Uma rodovia foi bloqueada pelos manifestantes. O pai da vítima fez um apelo durante as manifestações:

Edivaldo Barbosa, pai da vítima fala no protesto. Imagem: Reprodução.

LINHA DO TEMPO:

1 de Janeiro:

Era a comemoração da virada de ano na Praia Grande, em Salvaterra, mas as primeiras horas de 2023 foram marcadas por crimes e mortes. Edicleilson Sousa foi morto com golpes de faca, um deles na região do pescoço. Ele chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas já chegou sem vida. O acusado de cometer tal atrocidade, Daniel Barbosa, é conhecido da região por cometer assaltos, já foi preso pela polícia, mas liberado em audiência de custódia.

No dia 2 de janeiro, Daniel foi preso pela polícia no Porto de Icoaraci. A polícia militar agiu com rapidez e efetuou a prisão enquanto o acusado chegava de barco ao local. Porém, ao ser encaminhado para a Seccional de Icoaraci, o suspeito conseguiu fugir do local no momento em que esperava para prestar depoimento. Segundo informações, ele conseguiu sair de uma sala, pulou o muro e não foi mais visto. Desde então, as buscas pela recaptura dele estão sendo feitas.

Momentos depois de ser preso, Daniel deu sua versão do homicídio. Enquanto fala para os policiais que gravam, o homem está com a faca do crime na mão:

3 e 4 de janeiro

Moradores da Vila Ceará realizaram bloqueios na rodovia PA-154, na terça-feira, 3 e na quarta-feira, 4, cobrando providências depois da morte de Edicleison Bastos, de 21 anos. Em função da fuga do assassino, familiares resolveram protestar e exigir resposta das autoridades. A manifestação durou cerca de duas horas e meia, com interdição da principal rodovia de acesso à Ilha do Marajó.

Troncos e galhos de árvores, cordas, pedaços de ferro e outros objetos para impedir a passagem de veículos, apenas uma ambulância teve a passagem permitida.

“Nosso irmão não era um cachorro, ele era trabalhador e foi morto covardemente por esse assassino. Cadê a responsabilidade da Polícia Civil, pela fuga do homicida”, disse um amigo da vítima.

O Comandante do Batalhão Marajó, Tenente Coronel Aviz, teve que negociar pela liberação da via e conseguiu um acordo. “Vamos liberar a via e aguardar uma resposta, que seja a prisão do assassino. Se não prenderem, vamos fechar novamente”, disse uma das tias da vítima.

Depois de negociação, a via foi liberada. Imagem: Reprodução.

O BT entrou em contato com a Polícia Civil sobre o caso. Em nota, a PC respondeu que um procedimento administrativo foi instaurado pela corregedoria da instituição para apurar as circunstâncias do ocorrido. Diligências estão sendo realizadas para localizar o suspeito.

*Com informações da Página Dário Pedrosa.