Durante todo o mês de junho, o “Projeto Pipas”, que tem o patrocínio da Equatorial Pará, percorre 55 escolas do estado com o objetivo de levar conscientização para crianças e jovens sobre os riscos de empinar pipas perto da fiação elétrica. De forma lúdica e educativa, a ação conta com brincadeiras, apresentação teatral e distribuição de gibis com o foco na temática.
Entre as cidades beneficiadas com o projeto estão Belém, Ananindeua, Marituba, Castanhal, Abaetetuba, Capanema, Santarém, Moju, Benevides e Marabá.
Com a chegada das férias escolares, a prática costuma aumentar cada vez mais. De acordo com a Equatorial Pará, foram registradas 1.801 ocorrências, de janeiro a maio de 2023, em todo o estado, por conta de pipas na fiação. O dado representa uma redução de 15,80% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 2.139 casos, no entanto, os números ainda preocupam.
Na análise geral de 2022, os números totais foram de 7.031 ocorrências, com os maiores índices registrados nos meses de junho e julho. O executivo de Segurança da Equatorial Pará, Éder Carvalho, explica o motivo das pipas perto da rede elétrica serem perigosas. “O principal é a interrupção do fornecimento de energia elétrica. As pipas causam o rompimento dos cabos pelas linhas que usam cerol, também conhecida por chilena”.
Além disso, as pipas ficam enroscadas na rede elétrica e podem provocar desgastes nos fios, e levar a curtos-circuitos em dias úmidos. “Na tentativa de resgatar uma pipa enroscada na fiação, também pode ocorrer desligamentos no fornecimento, além de causar acidentes. É que, caso a pipa fique presa em um equipamento da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 34.500 volts”, alerta Éder.