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Novo membro na família: 7 perguntas que você deve fazer antes de ter um pet em casa

O natal está chegando e, com ele, aumenta a procura por filhotes para presentear familiares: sobretudo crianças. Apesar de muitos tutores (eu diria até que a grande maioria) pautarem a decisão da escolha em quão fofo aquele bichinho é, não se deve esquecer que cada pet tem uma necessidade diferente.

Não adianta a pessoa pegar um husky siberiano para criar em um apartamento minúsculo, sem uma programação diária de passeios e brincadeiras, e depois chegar no consultório pedindo prescrição de sedativo, se queixando de que o cão é muito agitado e quebra a casa toda. O problema não é ele. Foi você quem escolheu uma raça totalmente inadequada ao seu estilo de vida.

Antes de considerar agregar um novo membro à família, é sempre importante se fazer os seguintes questionamentos:

  • Por que eu quero ter um pet? Só porque ele é bonitinho? Por status? Para preencher um vazio emocional? Realmente estou preparado(a) para a responsabilidade de criar um pet, ou só estou empolgado(a)?
  • A estrutura da minha casa oferece segurança a ele? Se eu for adotar um gato, por exemplo, é possível eu telar todas as janelas para evitar acidentes e/ou fugas?
  • Eu tenho tempo para dedicar a ele, ou ele vai passar a maior parte do dia sozinho? Consigo separar momentos do meu dia para dar atenção a ele?
  • Eu tenho condições psicológicas para entender como lidar com situações desafiadoras, como por exemplo, um pet “desobediente”, sem recorrer a agressão física? (Lembre-se: cada animal exibe um comportamento natural e existe uma diferença muito grande entre um comportamento realmente inadequado para a espécie e um comportamento que lhe incomoda.)
  • Eu tenho condições financeiras para arcar com a saúde e higiene básicas dele anualmente, considerando alimentação de qualidade, check-ups, vacinas, proteção mensal contra pulgas e carrapatos, banhos/tosas, etc? Eu tenho como montar uma reserva financeira para caso ele adoeça? (É simples: para adoecer, basta estar vivo.)
  • Caso eu precise viajar e ele não possa ir junto, eu tenho com quem deixar meu bichinho? Caso não tenha, seria viável mantê-lo em uma hospedagem enquanto ficar fora? Caso nenhuma dessas opções seja viável, eu vou ser capaz de entender que tê-lo foi uma escolha minha, ou vou ficar culpando o bichinho o resto da vida por me prender na cidade?
  • Caso tenha criança pequena em casa, eu tenho como supervisionar as interações entre eles para evitar acidentes que possam colocar a saúde/vida de ambos em risco? Eu tenho noção que mordidas e arranhões podem ocorrer caso a criança machuque o pet sem querer?

O próximo passo é pesquisar o comportamento e os cuidados específicos que devem ser tomados com a raça que você tem pretensão de ter. Hoje em dia não se tem mais desculpa para a desinformação, porque agregar uma vidinha nova à família requer planejamento (isso é ser um tutor responsável).

Caso prefira pesquisar por conta própria ao invés de consultar um médico veterinário para tirar dúvidas, existem inúmeros sites de pesquisa onde você consegue adquirir informações valiosas sobre raças antes de levar para casa. 

Contudo, no caso dos SRDs (Sem Raça Definida), a questão comportamental se torna um pouco mais imprevisível, bem como a ideia de “será que ele vai ser muito grande quando crescer?”. Já vi inúmeros casos de devolução de adoção porque o cão “ficou grande demais” ou “ficou danado demais”. É um processo muito triste. É preciso levar em consideração essas variáveis quando pensar em adotar um.

A mensagem que fica é: não basta trazer para dentro de casa e dar comida para ser, de fato, um tutor. Ser responsável pela vida de um animalzinho requer planejamento e dedicação. Para você, ele só vai fazer parte de uma fração da sua vida, mas para ele, você vai fazer parte da vida INTEIRA. Se tomar a decisão de ter um companheiro, ofereça a melhor vida que ele possa ter!