Um estudo divulgado pela Associação Nacional de Empresas de Transporte Urbanos (NTU) este ano propõe a substituição de 31.286 ônibus novos em todo o Brasil para renovar os veículos e aperfeiçoar a qualidade dos ônibus em todo o país.
De acordo com a NTU, a qualidade e o estado dos veículos que são colocados para rodar no sistema de transporte público urbano é um dos principais fatores de visibilidade e percepção do serviço. O que reflete na percepção dos usuários, em aspectos como conforto.
A substituição dos ônibus reduziria a idade média dos veículos de sete para cinco anos, representando significativos avanços no serviço de transporte.
Na ordem financeira, a aquisição de mais de 30 mil veículos novos seria em torno de 23 a 28 bilhões de reais, isso se essas substituições forem por ônibus elétricos.
MEIO AMBIENTE
Pensando especificamente na substituição por veículos elétricos, a mudança também trará benefícios para o meio ambiente com a redução de gases poluentes e ruídos nos centros urbanos. No modelo atual, os ônibus queimam dióxido de carbono, hidrogênio, monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio poluindo o meio ambiente.
Em idade avançada, os ônibus acabam poluindo mais ainda a atmosfera e necessitam de custos maiores de manutenção, ou seja, gera outros problemas, como falhas operacionais em percurso. E tudo isso acarreta no aumento do custo operacional das empresas de transporte.
FINANCIAMENTO
Olhando por outra perspectiva importante, é preciso ter atenção ao financiamento necessário para renovar a frota pelos veículos elétricos, por exemplo, que segundo a NTU, é preciso criar linhas de crédito para obter os veículos, além de custos adicionais para recarregar os veículos elétricos, em caso de aquisição destes.
A criação de um consórcio com bancos nacionais e públicos e agências internacionais de desenvolvimento, como BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal podem subsidiar a renovação da frota de veículos por todo o país, aponta a NTU.
Estrategicamente aliando bancos comerciais com experiência em financiamento de veículos, bem como um fundo com a colaboração de estados e cidades que garantam e viabilizem as operações, reduzindo os custos do financiamento, podendo, inclusive, receber fundos de participação sobre tributos federais, podendo ainda, exigir contragarantias de operadores privados decorrentes de créditos advindos da arrecadação tarifária de cada território.