Nesta terça,10, a Organização das Nações Unidas (ONU) se posicionou em repúdio aos bloqueios implantados por Israel na Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas. Para a entidade, os cercos de restrição à eletricidade, comida e combustíveis, anunciado por Israel ontem,9, é proibido pelo direito internacional humanitário.
Em comunicado, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, declarou que “a imposição de cercos que colocam em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito internacional humanitário”.
O agravamento do conflito levou também a Organização Mundial da Saúde (OMS) a pedir a abertura de um corredor humanitário para o entrave.
O exército israelita afirma ter encontrado 1500 corpos de combatentes do Hamas em Israel , após ter “retomado o controlo total” da fronteira com Gaza. As declarações dos militares, surgem depois da terceira noite de ataques aéreos ao enclave palestiniano e de Telavive ter convocado cerca de 300 mil soldados na reserva.
Israel promete responder com força ao ataque realizado pelo Hamas, este sábado, numa altura em que contabiliza já pelo menos 900 mortos e 2600 feridos.
Num discurso inflamado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou, na segunda-feira, o Irã de estar a apoiar o Hamas e prometeu vingança.
“Sei que todos queremos resultados imediatos, vai levar tempo, mas prometo-vos, caros cidadãos israelitas, que no final desta campanha, todos os nossos inimigos saberão que foi um erro grave atacar Israel. O que faremos aos nossos inimigos nos próximos dias repercutir-se-á neles durante gerações”. afirmou o líder do executivo israelita.
Em resposta ao cerco, o braço armado do Hamas ameaça executar um refém capturado em Israel sempre que Telavive leve a cabo um ataque aéreo sem avisar os civis.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, desde sábado, os ataques aéreos israelitas fizeram pelo menos 687 mortos e 3.726 feridos no enclave palestiniano.
Meios de comunicação social no terreno e testemunhas relatam que entre os alvos se encontram prédios de habitação, uma mesquita, hospitais e algumas estradas.
Até ao momento, segundo as Nações Unidas, o conflito provocou mais de 120 mil pessoas deslocadas em Gaza.