//////

Operação investiga suspeita de fraude, peculato e associação criminosa em três cidades do Marajó

A polícia não fala em cumprimento de mandado de prisão nem em afastamento de gestores; Prefeitura de Melgaço diz que colabora, mas que ação foi um ‘mal entendido’.

Os municípios de Breves, Melgaço e Portel, na Ilha do Marajó, no Pará, foram alvos de uma operação para dar cumprimento a 17 mandados de busca e apreensão e cinco de sequestro de bens e bloqueio de valores, referentes a investigações de crimes de fraude à licitação, peculato e associação criminosa.

As investigações foram iniciadas em 2017, após requisição do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) apontar indícios de esquema criminoso, que estaria beneficiando empresários sediados em diversos municípios do Marajó por meio de licitações fraudulentas.

“Estamos cumprindo determinações judiciais e investigando crimes contra a administração pública praticados em alguns municípios do Marajó. Durante a ação conseguimos apreender documentos, celulares, computadores, dois veículos de luxo e dinheiro em espécie. As investigações prosseguem com o objetivo de apurar os crimes e identificar as pessoas envolvidas no esquema criminoso”, contou o delegado.

A operação mobilizou 35 policiais civis e contou com o apoio de agentes da Diretoria de Polícia do Interior (DPI). O Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP) também deu apoio à investigação.

Em Melgaço, a residência do prefeito Tica Viegas (PSDB) foi alvo da operação. Os mandados também miram o secretário de Educação, tesoureiro municipal, departamento de licitação, Fundo Municipal de Saúde, segundo a Polícia Civil.

Em nota, a prefeitura disse que um grupo especial da Polícia Civil realizou “busca de documentos com intuito de esclarecer eventuais denúncias realizadas contra a administração. Declaramos que somos os principais colaboradores da investigação para esclarecer, de forma clara, todo mal entendido”, diz a nota.

Ainda segundo a prefeitura, “a administração municipal, sob o comando do gestor José Deucicley Pacheco Viegas, permanecer trabalhando para a população melgacense e colaborando com os órgãos de justiça”.

INVESTIGAÇÃO

A operação contou com a participação da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público do Pará (MPPA), uma vez que o chefe do Poder Executivo tem foro privilegiado por prerrogativa do cargo.

Fontes revelaram que o prefeito Tica Viegas seria o principal alvo da operação, que teria mandado para sequestro de bens e de busca e apreensão. Outros agentes políticos de Melgaço também seriam alvos, além de empresários.

*Com informações de G1 Pará e Notícias do Marajó.