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Padre Júlio Lancelloti será alvo de CPI na Câmara de SP

A Câmara Municipal de São Paulo deve instalar em fevereiro, início do ano legislativo, uma CPI para investigar as Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam no centro de São Paulo, incluindo as atividades do padre Júlio Lancellotti, segundo informações do autor do requerimento, vereador Rubinho Nunes (União Brasil).

O parlamentar citou ainda a atuação do padre Júlio Lancellotti – conhecido por trabalhar junto à população em situação de rua na capital paulista. “Ele capitaneia tudo isso, então ele é uma figura que vai ser convocada tão logo a CPI seja instalada.”

Procurado, Lancellotti afirmou que as comissões são legítimas, mas acrescentou que não pertence a nenhuma Organização da Sociedade Civil (OSC), e que as ações da pastoral estão submetidas à arquidiocese de São Paulo.

Sobre o objetivo da CPI, o padre afirmou que “é a questão da política pública com pessoas dependentes químicas, principalmente em área de cena de uso, que são pessoas em situação de rua”. “Quem executa essas políticas são OSCs (Organizações da Sociedade Civil) com o poder púbico e eu não pertenço a nenhuma OSC”.

Já o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto comunicou, também através de nota, que o “padre Júlio Lancellotti não é membro associado, conselheiro ou diretor do Centro social Nossa Senhora do Bom Parto, tampouco exerce algum cargo em nossas unidades de atendimento”.

Líder da bancada petista na Câmara Municipal, o vereador Senival Moura, se manifestou contrário à CPI e classificou a situação de Júlio Lancellotti como “perseguição”.