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Pará deixa primeiro lugar do ranking dos estados que mais desmatam a Amazônia, diz Inpe

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma redução de 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mato Grosso lidera o ranking de unidades da Federação com o maior aumento de desmatamento nos primeiros seis meses deste ano. Foram destruídos 905 quilômetros quadrados de floresta no estado, um aumento de 34% em relação a janeiro a junho de 2022. Com isso, o Pará sai da primeira posição dos estados que mais desmatam a Amazônia. A informação foi comentada pelo governador Helder Barbalho, nas redes sociais. 

As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, Casa Civil, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) nesta quinta-feira, 6. 

Mato Grosso lidera o ranking de unidades da Federação com o maior aumento de desmatamento nos primeiros seis meses deste ano. Foram destruídos 905 quilômetros quadrados de floresta no estado, um aumento de 34% em relação a janeiro a junho de 2022.

Na Amazônia Legal, 20 municípios concentram 50% dos alertas de desmatamento de janeiro a junho de 2023. Os maiores percentuais foram detectado em Feliz Natal (MT), Apuí (AM), Altamira (PA), Porto Velho (RO) e Lábrea (AM).

Os dados foram apresentados pelo secretário executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, que destacou a atuação do Ibama e do ICMBio na redução do desmatamento no bioma. “Neste estado houve uma concentração muito grande de ações do Ibama. Parcialmente isso ajuda a explicar essa redução.”

Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, foram aplicadas R$ 2,3 bilhões em multas e 2.086 embargos no bioma, uma das ações do órgão para combater o desmatamento ilegal na Amazônia.

Pelo ICMBio foram aplicados 1.141 autos de infração entre janeiro e junho deste ano, R$ 125 milhões em multsa e 3.200 cabeças de gado apreendidas durante este período na Amazônia.

Desmatamento no Cerrado

No Cerrado, o desmatamento teve um aumento de 21% nos primeiros seis meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2022, segundo os dados do Deter. De janeiro a junho de 2023 foram registrados 4.408 quilômetros quadrados de área destruída.

Na análise apenas do mês de junho, o desmatamento no bioma registrou uma queda de 14,6% na área destruída em relação com o mesmo período do ano passado.

Os municípios que registram o maior percentual de alertas de desmatamento no acumulado de 2023 são: São Desidério (BA), Jaborandi (BA), Balsas (MA), Barreiras (MA) e Cocos (BA).