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Pará lidera ranking de insegurança alimentar no Brasil

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta, 25, mostram que em 2023, a insegurança alimentar moderada e gave no Brasil representa 9,4% dos lares em média. Apenas sete capitais estão abaixo dessa média, com destaque para Santa Catarina.

Porém, 14 estados estão acima dessa média, com o pior cenário no Pará, onde 20,3% da sua população apresenta insegurança alimentar moderada ou grave. Amapá, Sergipe, Maranhão e Amazonas também estão entre os pires indíces.

PARÁ LIDERA RANKING:

Pará, Amapá, Sergipe, Maranhão e Amazonas são os pires estados no âmbito de insegurança alimentar no Brasil.

INSEGURANÇA MAIOR NO NORTE E NORDESTE

A região Norte responde por 13% da insegurança alimentar moderada ou grave em todo o Brasil, embora apenas 7,7% dos lares pesquisados serem situados no Norte. Pior ainda é no Nordeste, onde 41% da população apresenta insegurança alimentar moderada ou grave.

A região, onde vivem 14,8% dos brasileiros, representa 7,5% de toda a insegurança alimentar do Brasil. Já o Centro-Oeste responde por 6,7% da insegurança moderada ou grave, embora some 8% da população. Mesmo com 43,1% dos brasileiros, o Sudeste responde por 31% da insegurança alimentar moderada ou grave.

As regiões Norte e Nordeste concentram os piores cenários de insegurança alimentar.

Dos 216 milhões de brasileiros, 64 milhões (29,6%) viviam com algum grau de insegurança alimentar em 2023. Para 20,6 milhões, a insegurança é moderada (11,9 milhões) ou grave (8,6 milhões).

População tinha mais comida em 2013. Segundo o IBGE, 72,4% dos lares brasileiros alcançaram a segurança alimentar no ano passado, contra 63,3% na última pesquisa do instituto, em 2017/2018. Em 2013, no entanto, esse patamar chegava a 77,4% das casas.

Graças a isso, a insuficiência alimentar caiu principalmente no Norte e Nordeste, onde há mais beneficiários. Na comparação com 2017/2018, a redução média da insegurança alimentar foi maior no Norte (de 25,2% para 16%) e Nordeste (de 20,5% para 14,8%).

“Além da deflação de alimentos em 2023, investimentos em programas sociais e renda [como valorização do salário mínimo] refletiram nessa recuperação do acesso aos alimentos”, avalia André Martins, Gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE.

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