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Paraense extremista vira réu por tentativa de explosão de bomba em Brasília

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia contra o paraense Washington de Oliveira Sousa, e mais dois acusados que estão foragidos.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia contra o paraense Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que é acusado de ter feito uma bomba para explodi-la próximo do aeroporto de Brasília na madrugada de natal, no ano passado. Além do paraense, a justiça do DF também aceitou a denúncia de outros dois participantes do crime, Alan Diego dos Santos, de 32 anos e o jornalista Welligton Macedo de Souza, de 47.

George Washington de Oliveira Sousa, é de Xinguara, sul do estado do ParáEle está preso. A defesa do paraense disse que não vai se manifestar até analisar a decisão da Justiça.

George Washington de Oliveira Sousa está preso. Imagem: Reprodução.

Na decisão, ainda em primeira instância, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio, que responderá pelo crime de explosão.

Segundo o código penal, trata-se de expor a perigo de vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão. A pena pode variar de 3 a 6 anos de prisão, além de multa.

Entretanto, o Ministério Público de Brasília considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível, uma vez que o artefato explosivo foi colocado em um caminhão que estava carregado de diesel. Além disso, a investigação dos peritos indentificaram que o artefato foi acionado, mas não funcionou.

Já as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.

O bolsonarista foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do DF, e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. Com ele, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.

Segundo a denúncia, Washington Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível por Wellington Macedo.