Nesta quarta-feira, 26, o governo da Bolívia foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado organizado pelo general Juan José Zúñiga. No entanto, o presidente Luis Arce não se dobrou ao golpismo, demitiu toda a alta cúpula das Forças Armadas e Zúñiga foi preso.
Parlamentares da base de apoio de Jair Bolsonaro comemoraram a tentativa de golpe militar na Bolívia, ocorrida nesta quarta-feira, 26.
O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado Ricardo Salles fez uma publicação no X com a frase: “En Bolívia las melancias tienen cojones… “, em tradução livre: “Na Bolívia as melancias têm coragem”.
Melancias, no vocabulário do bolsonarismo, é como são chamados os militares “verdes por fora” (patriotas) e “vermelhos por dentro” (comunistas).
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também está entre os bolsonaristas que celebraram a tentativa de golpe militar na Bolívia que fracassou. A parlamentar se empolgou na noite desta quarta-feira (26) com a invasão de militares, liderada pelo general Juan José Zúñiga, ao Palácio Quemado, sede do governo boliviano.
“Graças a Deus”, escreveu a deputada ao compartilhar uma publicação que divulgava a fake news de que o general Zúñiga havia “tomado o poder” na Bolívia. O deputado federal Glauber Braga (PSol) pedirá a suspensão do mandato de Salles.
“Nós estamos na preparação de uma representação, uma notificação, à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Eles não votaram o afastamento cautelar de parlamentares que exerçam quebra de decoro e adotem condutas graves? Tem algo mais grave do que você incentivar militares por um golpe militar? Não tem. Então o que nós pretendemos com essa representação é que haja uma ampla mobilização pública pelo afastamento cautelar do senhor Ricardo Salles”, disse Glauber em entrevista ao ICL Notícias.
Nessa linha, um abaixo-assinado começou a circular para exigir que o deputado do PL perca o seu mandato.
Golpe fracassado na Bolívia
Na tarde desta quarta-feira, membros das Forças Armadas invadiram o palácio presidencial em La Paz, liderados para Zúñiga. Unidades do Exército também foram vistas agrupadas em ruas e praças da capital boliviana.
Desmobilização – Depois de quatro horas de tensões entre o presidente, Luís Arce e Zuñiga, o movimento foi desmobilizado por ordem do próprio presidente, fazendo com que, militares deixassem o local.
