A professora Ariane Caldas contou ao BT que foi agredida com socos e pontapés na última terça-feira, 9, em Belém, depois de desembarcar de uma viagem por aplicativo em uma motocicleta. A professora detalhou que chamou a motocicleta no aplicativo de viagens 99, mas a pessoa que a transportou não era a mesma que estava cadastrada na plataforma, ou seja, o indivíduo atua de forma irregular.
“Ele estava com a carenagem da moto quebrada e fomos avisados por outro motociclista ao longo da viagem. Quando eu desci da moto (ao chegar no destino final) eu bati e caiu (a carenagem), ele alegou que eu quebrei a moto dele e começou a gritar e queria R$ 400,00 eu disse que na tinha dinheiro. Ele começou a me agredir eu corri para dentro da clinica. Não tinha segurança na hora e eu liguei para a polícia, e ele ficou com raiva, tomou o telefone da minha mão, jogou no chão e quebrou”, explica a professora, ainda abalada com o ocorrido.
Ariane buscou refúgio dentro de uma clínica, onde estava tentando ligar para a polícia, quando o motociclista tomou o celular da mão dela e jogou no chão, danificando o aparelho. A professora também foi agredida verbalmente pelo homem. A vítima estava a caminho de uma consulta.
“A senhora quebrou a minha moto. Agora tu vais me pagar. Pode me dar R$ 400!”, exigia o agressor, mesmo sem ter consultado antes o valor da então peça, alegou.
PASSAGEIRA AGREDIDA E MOTOCICLISTA LIVRE
Momentos após o motociclista jogar o aparelho celular da professora ao chão, surge um segurança e o imobiliza. O agressor ficou contido na clínica até a chegada da polícia, que levou Ariane e o agressor para a delegacia, onde ambos foram ouvidos e a vítima registrou um boletim de ocorrência. O motociclista foi liberado. O caso está registrado na Seccional Urbana da Sacramenta, onde é investigado.
“Estou sofrendo, sem poder trabalhar e voltei a tomar medicação controlada. Quero justiça pelo o que aconteceu. Trabalho postando vídeos de leituras para crianças e os autores me pagam. Agora, não tenho celular porque o motociclista quebrou, e o meu celular foi para a perícia. Estou usando um emprestado, mas tenho que devolver. Tive ferimentos, eu saio na rua e lembro das agressões”, conta a vítima.
O BT pediu um posicionamento à Polícia Civil sobre o caso. Em nota, a PC disse que o caso foi remetido à Justiça e que o motociclista não foi preso por “crime de menor potencial ofensivo”. Confira a nota abaixo:
“A Polícia Civil informa que foi realizado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por lesão corporal e dano e, por se tratar de crimes de menor potencial ofensivo, não houve prisão. Todos os envolvidos foram ouvidos e o caso foi remetido à Justiça.”