Grupos bolsonaristas continuam tentando se organizar para bloquear vias pelo país. Em Belém, a população que votou nas eleições gerais do último domingo, 30, e aceitou o resultado das urnas, divulgado pelo TSE sem nenhuma denúncia de fraude.
Um vídeo feito em um ônibus nesta terça-feira, 1º, mostra bem como a reação de quem está sendo prejudicado pelos atos antidemocráticos. “Tinha que ser; essa palhaçada”, diz uma mulher, que dá um recado: “aceita, neném, que dói menos”.
“Querem voltar o quê, a ditadura militar? Diz que a bandeira do Brasil eles botam como se fosse deles”, continua ela.
Outro passageiro responde: “Avacalhação, viu. Bota o carro no meio da rua. Não falam nada, não falam nada mano.
“Agora vai o pobre botar pneu aí”, diz outro passageiro.
“Se fosse a população que botasse já tinha sido atropelado”.
“Esse povo não trabalha não”, questiona uma mulher. “Bando de vagabundo”, responde outra.
“É a burguesia, mana, que tá aí, tão sofrendo. Só é a burguesia, pobre de desinformada, que tal. Sabe nem o que é uma intervenção”, explica a mulher.
“Se fosse professor, coitado, tavam botando pra correr daí”, lembrou um homem.
“Pois é, porque eles não sabem o que é uma intervenção militar. Sem ter já apanham e morrem na rua”, diz outra mulher indignada.
No início da tarde desta terça-feira, 1º, a Polícia Militar dispersou um protesto com alguns manifestantes em frente ao 2º BIS, na Almirante Barroso. A tropa de choque atuou utilizando spray de pimenta após negociações sem sucesso.
