Anualmente, o mês de junho, especialmente escolhido por marcar a rebelião de Stonewall em 1969, é marcado por diversas manifestações que celebram o amor, o acolhimento, respeito e, principalmente a visibilidade da comunidade LGBTQIA+. Especialmente hoje, dia 28 de junho, considerado o Dia do Orgulho LGBTQIA+ é uma data para se comemorar, mas também é um dia de luta pela causa.
Aproveitando a data, a equipe do BT fez uma lista com sete casais marcantes no cinema e a TV que estão nos corações dos brasileirinhos. Pega a Pipoca e faz a tua lista também.
Félix e Niko (Amor à Vida – 2014)
Bora começar falando de uma paixão nacional, que são as novelas? Afinal, quando a trama é boa, (quase sempre) o brasileirinho fica viciado. O casal vivido por Mateus Solano e Thiago Fragoso na novela “Amor à Vida”, de 2014, marcou e muito a TV. Félix era o grande vilão da novela, mas o personagem era tão carismático, que virou paixão nacional e teve sua redenção, ao poucos se tornado praticamente o protagonista da trama. Com a simpatia, veio o par perfeito. O personagem Niko (o carneirinho, como Félix o chamava) era o oposto do Félix do começo da trama e eles viraram o casal sensação e foram o primeiro casal de homens a trocar um beijo em TV aberta da história do Brasil, com direito a fogos, gritos de comemoração.
Justiça seja feita, o primeiro casal LGBTQIA+ a trocar um beijo na TV aberta nacional foi composto por duas mulheres, as personagens Marcela e Marina da novela “Amor e Revolução” de 2011. A novela tinha um texto voltado para a crítica contra os tempos da ditadura militar e foi produzida e exibida pelo SBT (É sério!), mas não teve grande visibilidade na época.
Depois de Félix e Niko vieram muitos casais se beijando com muito amor na TV global, como Clara e Mariana (que vamos falar mais pra frente), Lica e Samantha (malhação), Teresa e Estela (Babilônia), entre outros.
Clara e Marina – Em Família 2014
A última novela escrita por Manoel Carlos foi uma bomba! A novela tinha incontáveis desserviços sobre muitos temas e foi um belo fracasso de audiência. O casal principal, além de não ter um pingo de química, era problemático em todos os níveis, tanto que sequer terminaram juntos. Entretanto, o folhetim teve um único acerto de Maneco, que foi o casal interpretado por Giovanna Antonelli e Tainá Muller, que protagonizaram o primeiro beijo entre mulheres em novelas da Globo.
Clara e Marina eram o respiro de amor em um roteiro fraco. Em um triângulo amoroso que tinha como composição o quase irresistível Reynaldo Gianecchini, não teve chance para o galã. Foram as duas que fizeram o coração do brasileirinho bater mais forte. Teve beijo, casamento e tudo que a gente pediu. Um casal inesquecível.
Callie e Arizona (Grey’s Anatomy 2005 –)
Arizona e Callie viveram um dos romances mais intensos e mais apaixonantes de Grey’s Anatomy. Vividas pela atrizes Sara Ramirez e Jessica Capshaw a química entre elas era nítida e os momentos marcantes do casal são MUITO. Elas podem não fazer mais parte da série de Shonda Rhimes (a nossa Shondanás mata personagem), mas a história marcou para sempre a trama médica onde tudo pode acontecer (Tudo mesmo!).
Jack e Ennis (O Segredo de Brokeback Mountain – 2005)
O Segredo de Brokeback Mountain marcou o cinema mundial ao contar a história de Jack e Enis, dois homens rústicos vivendo nos Estados Unidos em 1963. O casal de cowboy vivia em uma época que era puro preconceito (muito mais do que hoje) e se apaixonam durante um trabalho nas montanhas. A relação é mantida em segredo por 20 anos. P longa é baseado em um livro, e o filme, apesar do preconceito da academia, venceu 3 Oscars (DEVERIA TER VENCIDO MUITO MAIS!)
Mitchell e Cam (Modern family 2009 – 2020)
Mitchell e Cam são dois personagens de personalidades MUITO diferentes, mas que vivem felizes e apaixonados em Modern Family. Embora existam problemas no casal, eles marcaram a TV e seus dilemas e vitórias foram celebrados, entre eles, a adoção e criação de Lily.
Nick e Charlie ( Heartstopper – 2022)
Nick e Charlie, interpretados pelos atores Kit Connor e Joe Locke, respectivamente, fazem parte da série “Heartstopper”, da Netflix. Na trama, Charlie está passando por problemas no primeiro relacionamento quando conhece Nick, melhor jogador do time de rugby da escola.
A amizade dos dois começa a ganhar níveis de confiança e a aproximação se torna inevitável. Entretanto, Charlie se vê em um dilema: ele está apaixonado por Nick. A história fala sobre amizade, primeiro amor, descobertas e aceitação. De uma forma leve e agradável de acompanhar.
Lito e Hernando (Sense 8 – 2015 – 2017)
Em Sense 8, se tinha uma coisa que não faltava era representatividade LGBTQIA+. Mas foi o casal Lito e Hernando, interpretados pelos atores Miguel Ángel Silvestre e Poncho Herrera, respectivamente, que roubou o coração de muitos fãs da série.
Por muito tempo namorando em segredo por conta da profissão de Lito, os dois passaram por inúmeros desafios que tornaram o relacionamento e, acima de tudo, o amor por Hernando, um dos pilares na vida de um dos personagens principais da trama.
Elio e Oliver ( Me Chame Pelo Seu Nome – 2017)
Me Chame Pelo Seu Nome conta a história de como o jovem Elio, vivido por Timothée Chalamet, começa a entender sua sexualidade ao conhecer e se apaixonar perdidamente por Oliver, vivido por Armie Hammer. O romance dos dois foi mais um que furou a bolha do preconceito da academia e foi indicado ao Oscar e até levou prêmios.
Rue e Jules (Euphoria – 2019)
Rue e Jules provavelmente não são o melhor exemplo no quesito “relacionamento saudável”. Entretanto, a importância do relacionamento entre as duas é primordial para o desenrolar de Euphoria, um dos maiores sucessos atuais da HBO.
Interpretadas com brilhantismo por Zendaya e Hunter Schafer, respectivamente, as duas passaram por altos e baixos durante as duas temporadas. Em uma série que fala de relacionamentos abusivos, consumo de drogas e luto, Euphoria tem nas duas uma dose curta mas, algumas vezes, satisfatória de amor
Isak e Even ( Skam 2015)
A produção norueguesa Skam (“vergonha”, em norueguês) foi criada em 2015 como uma web-série. Como o nome sugere, a série tem a mesma proposta da consagrada série britânica Skins (2007), ou seja, mostra o cotidiano de um grupo de adolescentes.
Nos três primeiros episódios da terceira temporada de skam, o que vimos foi Isak se envolvendo e sendo envolvido por Even, um rapaz bonito, simpático, mas com uma namorada. Isak não conseguia entender ao certo o que estava acontecendo com ele e por essa razão acabou tendo algumas atitudes confusas, como mentir para o Squad masculino ou fazer testes na internet para saber se realmente era gay.
O jogo de gato e rato entre Even e Isak foi interessante de acompanhar, mas percebíamos que algumas atitudes do rapaz eram movidas por imensa euforia, como foi o caso da invasão da casa com piscina ou a noite no hotel. Apesar da mão do Ship tremer ao ver Evak em ação, a cena em que Isak estava tendo problemas para abrir o armário e Even o ajudou a abrir – seria essa cena uma metáfora para que o rapaz “saísse do armário” com a ajuda do Even? -, sabíamos que havia mais camadas ali do que somente um romance adolescente.
Isak sofreu bastante ao ver Even com a namorada, ou quando foi surpreendido por um dos episódios de bipolaridade do rapaz, quando teve que se abrir para os amigos ou mesmo quando foi confrontado por Sonja, mas tudo isso o tornou mais forte para tomar decisões mais razoáveis e maduras no final da temporada. Não foi fácil para ele estar na igreja com os pais, refletir sobre as suas escolhas e sobre o que realmente importava naquele momento da sua vida, levantar no meio de uma celebração, em que seus pais estavam e ir atrás e even, fez naquele momento que Isaak enfim se aceitasse e pudesse viver o seu real sentimento.
Sim, eu sei que ainda faltam muito casais icônicos do cinema e da TV. Então conta pra gente quem são os seus favoritos.