Um estudo liderado por pesquisadores dos Estados Unidos e publicado na renomada revista científica Nature, na quarta-feira (8), revelou que a perda de biodiversidade é o principal fator impulsionador de doenças infecciosas em todo o mundo.
O biólogo Jason Rohr, investigador principal e professor da Universidade Notre Dame, destacou a importância do estudo, afirmando que até então os esforços de controle de doenças eram parcialmente cegos, sem compreender completamente os fatores de mudança global que contribuem para o aumento das infecções.
PESQUISA SOBRE BIODIVERSIDADE
A pesquisa, que envolveu a análise de cerca de três mil observações de literatura científica em oito idiomas, identificou que, com exceção da perda e mudança de habitat, todos os fatores de mudança global investigados aumentaram as doenças, sendo a perda de biodiversidade o fator mais significativo.
Ao comparar doenças humanas e não humanas, os pesquisadores revisaram diversas combinações de hospedeiros e patógenos, concluindo que as reduções nas emissões de gases de efeito estufa, a gestão da saúde dos ecossistemas e a prevenção de invasões biológicas e perda de biodiversidade são medidas cruciais para mitigar o impacto das doenças vegetais, animais e humanas.
Rohr ressaltou a importância de realizar mais testes de intervenções para remediar os fatores prioritários identificados no estudo, bem como avaliar se a restauração dos ecossistemas pode ser uma estratégia eficaz para gerenciar doenças.
Essa pesquisa fornece insights valiosos para a compreensão dos complexos vínculos entre biodiversidade, saúde humana e ambiental, destacando a necessidade urgente de ações coordenadas para enfrentar esse desafio global.