E o trânsito? Te estressa? Sim ou com certeza?
Semana passada vocês nos responderam e, para a surpresa de um total de zero pessoas, sim, o trânsito estressa muita gente.
Buzinas, engarrafamentos, fumaça, imprudências, desrespeitos, acidentes. E agora, temos o calor para piorar (especialmente para quem está no bonde). Esses fatores, que incluem alguns que não estão sob nosso controle, podem influenciar a rotina, especificamente nos deixando mais vulneráveis emocionalmente.
O estresse é uma resposta natural do corpo para algumas situações desafiadoras ou fora do comum. Nosso corpo reage e se prepara para agir. Contudo, a exposição frequente aos estressores (como o trânsito) pode nos levar a quadros preocupantes de saúde, tais como crises de estresse e ansiedade. Já te falei aqui (veja aqui), em outro momento, que os problemas emocionais também podem se manifestar fisicamente (dores de cabeça frequentes, dificuldades para dormir e se alimentar, náuseas são alguns sintomas que podem estar ligados ao “teu psicológico”).
O que é possível fazer para amenizar o impacto do trânsito nas nossas vidas?
Organize sua rotina de modo a sair sem pressa para seus compromissos. Atraso (e o nervoso decorrente disso) tende a piorar o incômodo já vivenciado no tráfego urbano. Se já saiu atrasado, tente mentalizar que o atraso já ocorreu e evite atitudes impulsivas no trânsito.
Diante de acidentes (seja com você ou alguém próximo) procure manter a calma (na medida do possível). Respirar de forma profunda e lenta pode ajudar na busca por equilíbrio e tomada de decisão, num momento tenso.
Cultivar bons hábitos que incluam alimentação equilibrada, rotina de sono e atividade física contribuem de forma significativa para melhores respostas emocionais no trânsito. Principalmente quem encara muito tempo em deslocamento, esse cuidado com os hábitos faz uma grande diferença.
Experimente criar um ritual de conexão consigo próprio antes de sair. Pode ser meditação, para quem curte ou queira tentar (há bons aplicativos de meditação guiada, inclusive). Quem sabe até colocar uma música e respirar de forma pausada também pode ajudar na preparação para a loucura do trânsito.
Importante: não seja imprudente, respeite a sinalização e as leis de trânsito. Que adianta reclamar que o trânsito tá um caos se não fazes tua parte?
O debate é amplo. Deve incluir a articulação do poder público junto à sociedade, na proposição de políticas de mobilidade urbana.
Contudo, hoje, a nossa reflexão é para o manejo de comportamentos que amenizem o potencial tóxico do trânsito em nosso cotidiano.
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Até a próxima!
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Juliana Galvão
Crp 10/3645