Moradores do bairro Flores, na zona Centro-Sul de Manaus, protagonizaram uma cena de revolta ao invadirem uma residência onde estavam diversos produtos que eram vendidos em grupo de Whatsapp por uma jovem de 17 anos, cujo nome não foi revelado pelas autoridades. A adolescente é acusada de aplicar golpes em mais de 900 pessoas.
Segundo informações fornecidas pelas vítimas, a jovem utilizava um grupo de conversa, com cerca de 2 mil participantes, para vender produtos a preços bem abaixo do preço de mercado. Inicialmente, ela oferecia itens de beleza, mas à medida que o número de clientes aumentava, passou a ofertar iPhones por valores entre R$ 100 e R$ 200, além de eletrônicos e móveis, sem, no entanto, não realizava a entrega dos produtos.
A situação se intensificou quando a população inadiu a residência da suspeita com o intuito de tirar satisfação e recuperar os produtos não entregues. O proprietário do imóvel, que alugava a casa para a jovem, afirmou não ter informações sobre o paradeiro dela, já que a mesma teria fugido do local.
Diante da impossibilidade de localizar a acusada, o proprietário decidiu remover os produtos que ela deixou na casa. Maquiagens, bolsas e alguns eletrônicos foram levados pelos clientes lesados.
Até o momento, não há informações sobre a localização da jovem ou sobre possíveis medidas legais que serão tomadas pelas autoridades em relação ao caso. A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação e garantir a segurança no local.
O BT solicitou um posicionamento a respeito do caso à Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Em nota, a PC do Amazonas disse que abriu uma investigação para apurar o ato infracional análogo ao crime de estelionato.
Confira a nota na íntegra da Polícia:
“A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), informa que abriu uma investigação para apurar o ato infracional análogo ao crime de estelionato, envolvendo uma adolescente de 17 anos, que estaria aplicando golpe na internet com venda de aparelhos celulares. A PC-AM informa, ainda, que a invasão à casa da adolescente será investigada pelo 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), unidade policial da área. Mais informações não poderão ser repassadas, para não comprometer o andamento das diligências”.