A Polícia Federal (PF) executou nesta quinta-feira, 25, a operação ‘Discórdia’, resultando na apreensão de dois adolescentes suspeitos de integrar um esquema de abuso sexual infantojuvenil e de participar de um grupo que promovia apologia ao nazismo.
A ação foi realizada nos estados do Pará e Amazonas, com o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em cinco estados do Brasil. A polícia informou que um adolescente foi apreendido em Ananindeua.
A investigação, conduzida pela PF em colaboração com a Polícia Civil do Pará, identificou um grupo que utilizava um aplicativo de troca de mensagens para cometer os crimes. O líder do grupo, um adolescente de Ananindeua, é suspeito de coordenar atividades que envolviam apologia ao nazismo, maus-tratos a animais e extorsão.
De acordo com a PF, o adolescente e outros administradores do grupo coagiam crianças e adolescentes a enviar vídeos íntimos, praticar automutilação com desenhos de suásticas e usernames dos administradores, além de cometerem maus-tratos a animais. Essa prática é conhecida como “sextorsão”, caracterizada pela ameaça de divulgar imagens íntimas para forçar a vítima a realizar determinadas ações.
A ação resultou na apreensão dos suspeitos em Tabatinga (AM) e Ananindeua (PA), onde foram encontrados indícios de pornografia infantojuvenil no celular do alvo em flagrante. Os adolescentes deverão responder por crimes como produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, apologia ao nazismo, “sextorsão” e outros que possam ser identificados durante as investigações.
Celulares, HDs, computadores e notebooks foram apreendidos durante a operação e serão submetidos à perícia para extrair informações que auxiliarão nas investigações e na identificação de vítimas. O nome da operação, ‘Discórdia’, faz referência ao aplicativo de mensagens utilizado pelos suspeitos.
A PF destaca que as ações visam proteger a integridade de crianças e adolescentes, bem como coibir práticas de ódio e apologia a ideologias extremistas. As investigações continuarão para identificar outros envolvidos e esclarecer detalhes adicionais sobre o esquema criminoso.
*Feito com informações de Polícia Federal no Pará.
