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PF investiga suspeitos de organização criminosa que provocou maior desmatamento na Amazônia

A Polícia Federal deflagrou, nesta manhã de quarta,5, a Operação RETOMADA II, que objetiva desarticular organização criminosa voltada à realização de fraudes para invadir e desmatar terras da União. Estima-se que tenham sido “grilados” cerca de 22 mil hectares que, em boa parte, foram objeto de desmatamento para a inserção e criação de gado. Cerca de 80 policiais participam da operação.

Foram cumpridos 11 mandados de Busca e Apreensão nos estados do Pará e Mato Grosso, em desfavor de engenheiros, empresários e servidores públicos do Estado do Pará que, junto a uma família de agropecuaristas, possivelmente fazem parte da ORCRIM. Duas empresas de regularização fundiária também foram alvo, bem como o escritório de uma advogada que teria acesso privilegiado a autuações e embargos realizados por uma autarquia ambiental federal.

Os policiais cumpriram mandados nas cidades de Novo progresso (PA), Santarém (PA), Sinop (Mato Grosso) e Peixoto de Azevedo (Mato Grsso).

Durante as investigações identificou-se que empresas, por meio de seus sócios e funcionários, teriam fraudado cadastros de áreas públicas da União através da inserção de dados falsos em sistemas e falsificação de documentos. Os funcionários das empresas atuavam, ainda, no planejamento e acompanhamento em tempo real do desmatamento.

A advogada mencionada também é investigada por, supostamente, negociar o pagamento de propina a servidores públicos estaduais que teriam flagrado o desmatamento ilegal.

A Justiça Federal também decretou o sequestro de aproximadamente R$ 116.000.000,00 (cento e dezesseis milhões de reais), nove imóveis, além do afastamento das funções dos servidores públicos e da advogada.

Por fim, ainda no ano de 2023, no mês de agosto, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação RETOMADA. Oportunidade na qual foram cumpridos 03 Mandados de Busca e Apreensão nos municípios de Novo Progresso/PA e Sinop/MT, sequestro de veículos, cerca de 20 imóveis, sendo 11 fazendas, bem como a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.

*Feito com informações de Polícia Federal no Pará.