A Polícia Federal já acompanhava as movimentações da aeronave comandada por Josué Bengtson, tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), e flagrada com 290 kg de skunk, uma forma concentrada de maconha, no Aeroporto Internacional de Belém.
No flagrante, foi descoberto que o avião pertencia à Igreja do Evangelho Quadrangular, e após o escândalo, a instituição disse que havia denunciado a suspeita à PF. Damares reforçou a versão em uma nota pública divulgada em sua conta no Instagram.
“Damares Alves entrou em contato com a família e foi informada que a denúncia à Polícia Federal sobre uma carga suspeita carregada na aeronave foi realizada pelos responsáveis pelo avião, ou seja, pela própria Igreja”, publicou a senadora na noite de segunda (29).
Após a publicação, a PF emitiu uma nota ao g1 dizendo que a “ação foi realizada a partir de informações de inteligência do Núcleo de Polícia Aeroportuária da PF”. Segundo apuração realizada pelo g1, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF, já acompanhava a movimentação suspeita da aeronave, o que levou ao flagrante nesta segunda-feira.
A assessoria de Damares informou ao blog de Andreia Sadi que recebeu a informação da igreja e que não fará novo pronunciamento.
Confira a nota da igreja na íntegra:
Nota de Esclarecimento
A Igreja do Evangelho Quadrangular recebeu com surpresa a notícia do envolvimento do monomotor Bonanza, de sua propriedade, com carga não autorizada.
Ao tomar conhecimento, imediatamente, a Igreja do Evangelho Quadrangular do Estado do Pará acionou a Polícia Federal, que efetuou a prisão de uma pessoa e apreendeu a carga.
É interesse da Igreja que tudo seja esclarecido e, portanto, reafirma o seu compromisso de colaborar com as investigações.
Atenciosamente,
Igreja do Evangelho Quadrangular