Na manhã desta quinta-feira, 29, agentes da Polícia Federal realizaram operação contra suspeitos de participarem da noite de terror em Brasília, no dia 12 de dezembro, que terminou com 8 veículos, entre carros e ônibus, incendiados e uma tentativa de invasão ao edifício sede da PF.
A chamada “Operação Nero” foi deflagrada no Distrito Federal e em mais sete estados:
- Rondônia;
- Mato Grosso;
- Tocantins;
- Ceará;
- São Paulo;
- Rio de Janeiro;
- PARÁ.
Ao todo, foram 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, no Distrito Federal. Segundo a TV Globo, entre os alvos da operação estão bolsonaristas que frequentavam os atos no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU).
No começo da operação, até as 7h30 da manhã, três homens foram presos:
- Klio Damião Hirano;
- Átila Mello;
- Joel Pires Santana.
De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos são investigados pelos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
REPERCUSSÃO
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais para comentar a operação. Dino afirmou que a liberdade de expressão, estabelecida na Constituição, não defende o terrorismo. “As ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio. Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo”, escreveu.
RELEMBRE O CASO
No dia 12 de dezembro de 2022, no dia da diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), golpistas se dirigiram ao Edifício-Sede da Polícia Federal para tentar a soltura do líder indígena José Acácio Tserere Xavante – acusado de convocar homens armados para atos contra a diplomação de Lula e Alckmin em Brasília.