Na última quarta-feira, 12, o policial militar reformado, Roberto Emídio Pereira, de 52 anos, foi preso suspeito de estuprar três crianças de uma mesma família em Brasília e em Goiás.
ABUSO INFANTIL
— BT Mais (@belemtransito) June 17, 2024
Na última quarta-feira, 12, o policial militar reformado, Roberto Emídio Pereira, de 52 anos, foi preso suspeito de estuprar três crianças de uma mesma família em Brasília e em Goiás.
Imagens: reprodução/TV Integração pic.twitter.com/gF7QGubfZG
Em conversa no WhatsApp, Roberto confessa o crime ao pai das crianças e afirma que tem medo de morrer na prisão. As imagens a seguir são do Portal G1 que teve acesso às mensagens, no qual o policial afirma ter abusado o menino de 10 anos e que não chegou a machucá-lo, além de tentar subornar o pai das crianças para que ele retire as queixas.
“Se for a julgamento eu não vou mentir e a pena é pesada para policiais. Risco até de morrer na cela. Tô desesperado aqui”, disse Roberto.
Entenda o crime
Um amigo de Roberto há mais de 30 anos, o denunciou à Polícia Militar em fevereiro de 2023, alegando que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente pelo policial durante uma viagem que fizeram juntos para Caldas Novas (GO).
A família da vítima relatou que convidaram o Roberto para o passeio, onde ficaram hospedados no mesmo apartamento. Durante a estadia, o policial e o menino de 10 anos dormiram na sala, sendo a criança no sofá e Roberto em um sofá-cama.
O menino contou em depoimento que dormia quando sentiu o “tio Roberto” deitar ao lado, abaixar o short e cometer o abuso. A criança contou que após o ocorrido, precisou ir ao banheiro se limpar diversas vezes devido a um líquido nas nádegas.
Quando o menino contou aos pais sobre o abuso, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também afirmou que era abusada pelo policial desde os 10 anos e que “não era mais virgem”. Em seguida, a outra filha do casal, de 14 anos, disse também ter sido abusada algumas vezes por Roberto.
O pai das crianças e Roberto se conhecem desde 1991 quando serviram o serviço militar obrigatório no Distrito Federal. Segundo o pai das crianças, Roberto nasceu e viveu por um tempo em Pires do Rio (GO), se mudando para Uberlândia em seguida, e ingressando na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Quando o crime aconteceu, Roberto Emídio estava na reserva remunerada da PM e fazia parte de um moto clube de agentes da segurança pública, em Águas Claras (GO). O policial também mantinha uma imagem religiosa, no qual fazia parte de uma igreja evangélica, em Uberlândia.
Investigação
Roberto Emídio Pereira estava foragido desde agosto de 2023, e foi preso no apartamento do filho, nesta última quarta-feira, 12, no bairro Jardim Brasília, em Uberlândia.
A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF) com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e o Grupo de Capturas da Polícia Federal. Segundo a PF, Roberto é considerado de alta periculosidade.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Felipe Garcia, o policial fazia uso da religiosidade para criar uma falsa reputação de bom homem e assim se aproximar das famílias das crianças abusadas. Portanto, Roberto mantinha a imagem da tradicionalidade e explorava o cargo na polícia para ganhar confiança das pessoas, logo, Roberto se aproveitava de momentos em que ficava sozinho com as vítimas para cometer os abusos.
O advogado de defesa, Deiber Magalhaes Silva, apresentará um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo a revogação do mandado de prisão.
Prisão – O policial responde pelos crimes de estupro de vulnerável e ameaça. Atualmente, Roberto está preso no batalhão da PM em Uberlândia, devido ser militar reformado.
*Matéria realizada com informações do Portal G1.