O casal de brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini estão presas desde o dia 5 de março, em um presídio feminino na cidade alemã de Frankfurt, assim que desembarcaram no país. Durante a revista no aeroporto, drogas foram encontradas nas malas delas, e segundo o vanço da investigação da Polícia Federal, as etiquetas das malas das brasileiras foram trocadas no aeroporto, em São Paulo. A PF acredita que a troca é uma prática criminosa de uma quadrilha.
Na Alemanha, elas estão sendo acsuadas de tráfico internacional de drogas, o que transformou o sonho de uma viagem feliz pela Europa em um pesadelo dentro de uma cela estreita no presídio alemão.
“É de onde Jeanne fala com a família: “Nós nunca convivemos nesse ambiente. Dói muito ficar aqui todo dia. Eu acordo e penso: ‘Meu Deus, esse pesadelo ainda não acabou’’, disse uma das jovens aos advogados que defem as brasileiras no país germânico.
COMO ACONTECEU A TROCA?
Para a investigação da polícia, a troca se deu da seguinte forma:
- A área de segurança é monitorada por dezenas de câmeras.
- Mesmo sendo tão vigiada é um dos locais do Aeroporto Internacional de Guarulhos em que as quadrilhas do tráfico internacional de drogas mais atuam.
- De acordo com a polícia, as etiquetas foram colocadas nas malas com drogas atrás de uma pilastra. Um ponto cego da câmera.
“A Polícia Federal conseguiu comprovar que aquelas passageiras são inocentes. Indicando quem seriam realmente os culpados do fato do crime ocorrido”, destaca Bruno Gama, delegado da Polícia Federal – GO.
Agora, todas as provas e imagens das câmmeras de segurança, que são peças fundamentais para comprovar a inocência do casal de brasileiras estão sendo enviadas para as autoridades Alemães. Porém, a Justiça alemã quer que as provas cheguem pelo governo brasileiro.
As bagagens das brasileiras foram despachadas do aeroporto de Goiânia para São Paulo, onde houve a troca das etiquetas.
PRISÕES
Na última semana, a PF prendeu seis pessoas envolvidas na quadrilha que, segundo a investigação, trocou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne.
A concessionária que administra o aeroporto disse que o manuseio das bagagens é de responsabilidade das empresas aéreas. E que, quando ocorre um incidente, se reúne com autoridades para discutir melhorias nos protocolos de segurança.
A Latam, empresa pela qual Kátyna e Jeanne viajaram, disse apenas que colabora com a investigação e que está em contato com familiares das brasileiras presas.
A defesa de Eduardo dos Santos, um dos presos esta semana, informou que ele não faz parte de qualquer esquema criminoso.
A Orbital, empresa que emprega os dois, informa que verifica os antecedentes criminais dos funcionários antes das contratações e que o tráfico de drogas é um problema de segurança pública.
O consulado brasileiro em Frankfurt está prestando assistência às famílias.
*Com informações de Fantástico da TV Globo.