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Polícia Federal prende miliciano confundido com médico executado no Rio de Janeiro

O miliciano é filho de Dalmir Pereira Barbosa, outro criminoso que comanda milícias no Rio.

Na tarde desta terça-feira, 31, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa foi preso pela Polícia Federal, verdadeiro alvo de traficantes que executaram, por engano, o médico Perseu Ribeiro de Almeida e outros dois amigos em um quiosque, no início de outubro. Ele foi detido com mais três pessoas, incluindo Dalmir Pereira Barbosa, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, próximo ao Centro Metropolitano, na Barra da Tijuca.

Ele, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa, um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro, já foi detido por comandar a milícia de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio. O grupo luta pelo controle do território com uma facção que atua no domínio da Cidade de Deus, local onde há suspeitas de que os traficantes teriam ido se esconder logo após o crime.

O miliciano é chefe de grande grupo criminoso na zona de Rio das Pedras. Reprodução: Divulgação/Internet.

Os colegas Diego Half Bomfim, Perseu Ribeiro e Marcos Andrade Corsato estavam em um quiosque no último dia de 5 de outubro, localizado na Avenida Lúcio Costa, quando, por volta de 1h da manhã, criminosos saíram de um carro branco e dispararam contra o grupo.

Respectivamente, o médico Perseu Ribeiro e o miliciano Dalmir Pereira Barbosa. Reprodução: Divulgação/Internet.

Após o crime, a polícia encontrou quatro suspeitos, entre eles Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Soares de Almeida, envolvidos em conflitos entre traficantes e milicianos. As primeiras e principais investigações da polícia colocavam que os criminosos teriam confundido Perseu Ribeiro com o miliciano Taillon Pereira Barbosa. Segundo o Ministério Público, Taillon participava de exploração de transportes alternativos, como vans e mototáxis, além de serviços básicos como água, gás e TV a cabo, em Rio das Pedras e outras comunidades dos arredores, cobrança de ”taxas de segurança” de moradores e vendedores, invasão e grilagem de terras e construção imobiliária clandestina.