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Poliomielite: entenda os riscos de não vacinar seu filho

Foto: Reprodução.

Esta semana, a campanha nacional de multivacinação teve início no Brasil todo e a Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) deu o pontapé inicial na capital paraense. O objetivo é a imunização contra poliomielite e a atualização da caderneta de vacinação infantil.

Por isso, o BT procurou saber porque é tão importante a vacinação contra poliomielite e quais são os riscos que seu filho pode correr caso não se imunize. Olha só!

O QUE É POLIOMIELITE?

Campanha de vacinação começou na última segunda-feira, 8. Foto: Reprodução.

Também conhecida como “pólio” ou “paralisia infantil”, a Poliomielite é “uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores”. Esta definição é dada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em sua página oficial sobre a doença.

Ainda de acordo com a Fiocruz, a cobertura vacinal necessária contra a pólio deve ser de, pelo menos, 80%. Em 2021, esse número ficou em 67,1%.

E SE NÃO VACINAR?

Pólio é considerada erradicada no Brasil desde 1989. Foto: Reprodução.

A pólio, que é considerada erradicada no Brasil desde 1989, é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus que vive no intestino, conhecido como poliovírus (existente nos sorotipos 1, 2 e 3). O agente é capaz de infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas.

Se a pessoa não tem a vacina contra pólio no quadro vacinal, o agente começa a se multiplicar livremente na garganta ou nos intestinos da pessoa infectada. E então, o vírus chega à corrente sanguínea.

Nos casos mais graves da doença, e que não são tratados a tempo, o vírus pode atingir o cérebro da pessoa infectada e causar a chamada “infecção paralítica”- que é quando os membros inferiores podem ser afetados e paralisados. 

Entretanto, esse não é o único risco. 

Uma outra consequência da não vacinação é que o vírus, depois que chega ao cérebro, pode causar meningite, que é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Entre os principais sintomas estão febre, rigidez da nuca e náuseas.

Se não tratada a tempo, a meningite também deixa sequelas, como perda de visão e audição parcial ou total, epilepsia e paralisia em um ou ambos os lados do corpo.

Se as células afetadas no cérebro forem as que comandam os centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição, as consequências da não vacinação podem fazer a doença afetar a capacidade da pessoa em respirar de forma normal e se alimentar, podendo até mesmo levar à morte.

CAMPANHA

Em Belém, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão vacinando de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h. A nova campanha contra a poliomielite busca alcançar ao menos 95% das crianças de 1 a 4 anos de idade.