Na última quarta-feira, 5, o Governo Federal anunciou o bloqueio de R$ 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC).
O corte chega a representar cerca de 11,4% da dotação atual de despesas discricionárias do ministério, que são as despesas de livre movimentação, sem levar em conta salários e transferências obrigatórias, por exemplo.
Por isso, as instituições federais questionam mais um corte da educação e alegam que a decisão coloca em risco o próprio funcionamento das universidades.
O reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, falou sobre o cenário atual da educação. “As universidades federais já vivem uma situação crítica em razão dos cortes orçamentários dos últimos anos. E do corte no orçamento de custeio do primeiro semestre de 2022”, disse.
Tourinho afirma que o novo contingenciamento coloca a instituição em posição de não conseguir cumprir acordos. “Com este novo contingenciamento, não é de modo algum possível cumprir todas as nossas obrigações e continuar entregando para a sociedade tudo aquilo que podemos fazer”, alegou o reitor.
Emmanuel Tourinho finalizou questionando a decisão de realizar mais cortes na pasta da educação. “A pergunta que fica é: por que a área de educação é sempre a área escolhida para cortar recursos? Que país nós estamos construindo optando por deixar de investir na educação?”, questionou.