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Prefeito de Oriximiná é solto após pagar fiança

Na quinta-feira, 1, o prefeito de Oriximiná, William Fonseca, foi solto após pagar o equivalente a 15 salários mínimos. Ele foi preso na última terça-feira, 29, em operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI).

Fonseca foi preso por destruição de provas, posse ilegal de arma de fogo, disparo ilegal de arma de fogo, ameaça de morte, desobediência e resistência durante a operação. Após a prisão, manifestantes apoiadores do prefeito começaram a fazer vigília na frente da delegacia pedindo a soltura do prefeito.

População pedindo soltura do prefeito de Oriximiná. Foto: Reprodução.

Na tarde de ontem, após sair da delegacia, Fonseca fez um discurso para os apoiadores e criticou o Ministério Público do Pará (MPPA) afirmando que o órgão interfere no trabalho da polícia. “Eu fui conduzido pra cá de maneira ilegal, não existia mandado do Tribunal para me prender. Ministério Público tem respeitar o papel do delegado. O delegado conquistou aquele cargo por meio de estudo. Eu vou mostrar a interferência do Ministério Público, porque o delegado não teve autonomia para fazer o trabalho dele dentro da delegacia. Quando eu fui delegado aqui em Oriximiná vocês viram alguma vez o Ministério Público dizer o que eu tinha que faz? Não, porque eu nunca dei espaço pra esse tipo de interferência. Agora, o Ministério Público ficou falando no ouvido do delegado o que ele tinha que fazer, interferindo no trabalho da polícia”, acusou Fonseca.

William Fonseca, prefeito de Oriximiná. Foto: Reprodução.

Sobre os tiros disparados contra o próprio telefone celular, que seria apreendido na operação, Fonseca alegou que tomou a atitude porque o aparelho continha fotos íntimas dele com a esposa. “O bem mais precioso do ser humano é a vida, e o segundo é a liberdade. A gente que estudou as leis não pode compactuar com atitudes ilegais, seja lá de quem for. O que fizeram na minha casa foi um abuso. Eu atirei no celular porque tinha fotos íntimas minhas e da minha esposa, e eu não ia deixar que pessoas sujas e que não respeitam as suas famílias, que aqui na cidade é o ‘garanhão’, que dá em cima e assedia muitas pessoas, ter acesso a imagens da minha família. Eu prefiro morrer, do que ter violada a intimidade da minha família. Se vocês acham que vão me intimidar com todo esse teatro que vocês fizeram, vocês estão muito enganados. Agora eu estou muito mais atento”, disse ele.

Agora, William Fonseca é investigado em inquérito civil do MPPA que apura notícia de fato de “improbidade administrativa de dano ao erário, e suposto risco de enriquecimento ilícito pelo desvio de finalidade pública do uso da Guarda Municipal como segurança particular do prefeito”.

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Vídeo: Reprodução.