Nesta segunda-feira, 4, o presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, a COP28, sultão Ahmed al-Jaber, rebateu as acusações de negacionismo científico na questão das mudanças climáticas. Ele, que também coordena a grande empresa de petróleo árabe Adnoc, recebeu diversas críticas após declarar que ”não há ciência por trás das demandas do fim dos combustíveis fósseis”, que limitaria o aumento a 1,5ºC acima dos registros no período pré-Revolução Industrial.
“Acreditamos e respeitamos muito a ciência”, comentou o chefe da COP 28. “Sinceramente, acho que há alguma confusão e deturpação por aí. Estou bastante surpreso com as tentativas constantes e repetidas de minar o trabalho da presidência da COP28”, completou.
Ele também acrescentou seu discurso ao falar sobre sua carreira e as situações petrolíferas. “A ciência tem sido fundamental para o progresso da minha carreira e, sim, respeito a ciência em tudo o que faço. Já disse repetidas vezes que a redução e a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis são inevitáveis, reforçou al-Jaber.
CRÍTICAS AO PRESIDENTE DA COP 28
A polêmica iniciou após um evento online, que ocorreu no último dia 21 de novembro, junto de Mary Robinson, ex-representante das Nações Unidas para tratar sobre as mudanças climáticas mundiais, em que al-Jaber pareceu não concordar com as falas de Mary. “Não existe nenhuma ciência, ou nenhum cenário, que diga que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é o que vai limitar (o aumento da temperatura) a 1,5ºC”, comentou ele.
A própria presidência dos Emirados Árabes Unidos, quando negociava as questões da COP28 já tinha exposto alguns questionamentos, já que o país é um dos dez maiores produtores de petróleo e gás mundiais.