A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) teve o microfone cortado pelo presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), nesta terça, 23. Ela lia uma notícia sobre a investigação aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar.
Mesmo com o microfone silenciado, a deputada relatou que ele havia ameaçado acionar o Conselho de Ética contra colegas que citassem a investigação e lembrou que a notícia “está na imprensa”.
“Acabou de sair a notícia de que o [Alexandre de Moraes] Moraes autorizou a Polícia Federal a retomar a investigação do presidente da CPI do MST pela participação nos atos antidemocráticos. Que até agora o senhor estava dizendo que era mentira”, disse Sâmia Bomfim antes de ser cortada.
Mesmo com o microfone silenciado, a deputada relatou que ele havia ameaçado acionar o Conselho de Ética contra colegas que citassem a investigação e lembrou que a notícia “está na imprensa”. A deputada ainda tinha 20 segundos de fala antes de ser censurada.
Ela não foi a única a citar o caso, mas o presidente da CPI disse que não quer que o tema seja discutido no colegiado. “Isto não será assunto aqui, não merece, não diz respeito à CPI”, afirmou Zucco.