O presidente do Chile, Pedro Castillo, foi destituído pelo Congresso nesta quarta-feira, 7. O Congresso do Peru aprovou o pedido de impeachment do presidente por 101 votos a 6 e 11 abstenções. Eram necessários 87 votos. O encerramento do mandato do presidente estava previsto para 2026.
Ao realizar a votação, o Parlamento ignorou o decreto de dissolução editado mais cedo pelo presidente. Em seu pronunciamento oficial, Pedro Castillo chamou os congressistas de “racistas”, acusou-os de ter o impeachment como “única agenda” desde a sua posse e defendeu bandeiras como a reforma agrária e o ingresso livre nas universidades.
Por sua vez, a oposição acusa o presidente de tentar um golpe de Estado. Os parlamentares aprovam o impeachment na terceira tentativa desde que Castillo assumiu o cargo, em julho de 2021.
Eles argumentam que há “incapacidade moral” por parte do chefe do Executivo e mencionam suspeitas de corrupção que motivaram escândalos desde o início da gestão.
Líder de esquerda que venceu a extrema-direita de Keiko Fujimori na eleição, Castillo foi criticado até mesmo por figuras do seu campo ideológico. A sua vice-presidenta Dina Boluarte classificou a decisão como “golpe de Estado que agrava a crise política e institucional” e deve assumir o cargo.
A ministra da Cultura, Silvana Robles, do partido marxista Perú Libre, ao qual Castillo era filiado, disse nas redes que deixaria o cargo porque as medidas do presidente “contribuem para aprofundar a crise em vez de resolvê-la, com imprevisíveis consequências à patria.
As Forças Armadas e a Polícia Nacional também anunciaram apoio ao Congresso.