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Problemas na travessia Belém-Barcarena: usuário relata perigos e precariedade no serviço

Usuários denunciam ao BT uma série de problemas no serviço de travessia Belém-Barcarena no porto da Bernardo Sayão, na capital paraense, conhecido como Porto do Arapari, expondo uma realidade preocupante que afeta a rotina e a segurança dos passageiros.

As principais reclamações apontam para a falta de regulamentação adequada, balsas em condições precárias, desrespeito aos horários das viagens e atracamentos irregulares das embarcações.

Precariedade e perigo: usuário relata problemas na travessia Belém-Barcarena. Imagem reprodução.

“O serviço não é regulamentado, há concessões irregulares, balsas que mais oferecem perigo do que transporte e não respeitam horário, além das viagens serem realizadas com muita lentidão. Um percurso que deveria ser realizado em 40 minutos é feito em quase duas horas”, relata um usuário que trabalha na região do Baixo Tocantins entre os municípios de Cametá e Mocajuba e usufrui do transporte na travessia com frequência.

O usuário também alerta para o atracamento das embarcações: “atracamento totalmente errado de algumas embarcações e balsas, que colidem constantemente com outras embarcações e provoca um barulho ensurdecedor”, explana.

ACIDENTES

Ainda segundo o usuários, acidentes já ocorreram por conta dos problemas relatados:

“A balsa já ficou à deriva inúmeras vezes, inclusive, na última vez, deu até em um jornal porque a embarcação colidiu com barraca perto da ilha do Combu. Por conta do perigo que é a Alça Viária, prefiro utilizar a travessia de balsa, mas o serviço de balsas é esse caos”, lembra.

O denunciante também destaca o perigo e a imprudência constante de motoristas principalmente de caminhões ao longo da Alça Viária, que é outra alternativa de trajeto que conecta Belém e Barcarena.

“Poderia ser melhor (o serviço de transporte na travessia) se o Estado realizasse uma licitação desse transporte ao invés de conceder a autorização para essas empresas prestarem esse serviço ruim e de qualquer jeito, o que é um grande perigo”, alerta.

Os usuários da travessia destacam a ausência de políticas públicas eficazes para lidar com esses problemas recorrentes. Anos se passam, e a situação persiste sem solução. Os usuários clamam por medidas urgentes para garantir uma travessia segura e eficiente entre Belém e Barcarena.

O BT entoru em contato com os órgãos competentes, como Secretaria de Estado de Transportes (Setran) e Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará (Arcon-Pa). A Setran disse que não faz fiscalização de balsas.

A Arcon disse em nota que:

“A Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) informa que realiza fiscalizações regulares nas linhas autorizadas a operar entre Belém-Barcarena e que irá apurar as denúncias. A Arcon reforça ainda que os usuários registrem irregularidades nos canais de Ouvidoria, pelo 0800-0911717, e-mail: [email protected], aplicativo Ouvidoria Arcon e ainda o formulário disponível no site www.arcon.pa.gov.br”.