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Projeto Cores do Pará realiza intervenção artística em elevados de Belém

Uma iniciativa do Projeto Cores do Pará, com patrocínio da Equatorial Pará, decidiu personalizar os elevados da capital paraense com obras de artistas visuais paraenses em preparação para a Cúpula da Amazônia

Se você tem andado por Belém nos últimos dias deve ter visto as belas artes que foram feitas nos elevados da cidade. Um espetáculo de cores e significados que dominou a capital paraense, à partir do trabalho feito pelos artistas visuais capacitados pelo projeto Cores do Pará e artistas convidados.

As obras foram uma colaboração extraordinária para produzir dois dos maiores painéis artísticos da Amazônia. As obras podem ser vistas nos elevados Carlos Marighella, localizado na Av. Almirante Barroso com a Av. Dr. Freitas, e Gunnar Vingren, na Avenida Júlio César, em uma ação patrocinada pela Equatorial Pará, por meio da Lei Semear.

Os painéis são sobre temas relacionados à preservação ambiental, sustentabilidade, clima, biodiversidade e povos e comunidades tradicionais.

A iniciativa surgiu como uma forma de também preparar os ambientes de Belém antes da realização da Cúpula da Amazônia na capital paraense, evento que antecede a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Esse evento internacional reunirá os oito países amazônicos para discutir estratégias de sustentabilidade, defesa e desenvolvimento da região.

Para Michelle Miranda, analista de Sustentabilidade da Equatorial Pará, a ação é de grande relevância, pois através da arte das pinturas, mensagens impactantes serão transmitidas tanto para os turistas que visitarão a cidade durante os eventos internacionais quanto para a própria população de Belém.

“A Equatorial Pará é a maior patrocinadora de cultura do estado. A empresa não poderia ficar de fora de uma ação de conscientização e arte como essa, que, ao mesmo tempo que impulsiona os artistas locais, também transmite significados importantes de preservação e meio ambiente”, comenta Michelle.

André Monteiro, produtor cultural do Cores do Pará, também ressalta a importância da iniciativa e o momento no qual ela ocorre.

“A pintura e personalização desses dois elevados são históricas e de suma importância para a difusão dos temas que serão debatidos durante a COP 30 em 2025. Todas as delegações que chegarem à capital paraense serão recebidas com cores e muita alegria, e isso já começa agora em agosto, com a realização da Cúpula da Amazônia na cidade. Precisamos mostrar uma Belém Maravilhosa, com perspectivas de um futuro sustentável”, afirma André Monteiro.

Valorizando a inclusão e a diversidade cultural, os artistas participantes são mulheres, indígenas, LGBTQIA+, pessoas pretas e moradores das periferias de Belém. A coordenação dos painéis fica a cargo de And Santos, artista visual paraense, que enxerga esse desafio como uma oportunidade única de contribuir para dar novas cores e esperança a Belém.

“Essa obra está sendo um dos maiores desafios de minha carreira, mas é uma grande felicidade contribuir para dar novas cores a Belém, que hoje está precisando de um boom de artes. Espero que a COP 30 seja propulsora de um novo futuro para a capital de nosso estado, onde a arte seja sempre uma prioridade”, finaliza And.

Com a combinação da arte e da mensagem poderosa desses painéis, Belém se prepara para receber a Cúpula da Amazônia, que começa seus eventos neste fim de semana e deixar uma marca na luta pela preservação ambiental e pelo respeito à diversidade cultural.

Nossa equipe conversou com os artistas responsáveis pela obra. Confira