Nesta sexta-feira,19, o projeto inovador ‘O Pará Virou Moda’ promove um desfile no Mangal das Garças, em Belém, para marcar a nova fase da iniciativa que busca unir moda, sustentabilidade e responsabilidade social. A proposta oferece cursos e oficinas de corte, costura e modelagem para mulheres em situação de vulnerabilidade e egressas do sistema penal.
Todas as peças são confeccionadas a partir do descarte de uniformes de empresas parceiras, entre elas a Equatorial Pará, que também patrocina o projeto. A programação será na Casa de Vidro do Armazém do Tempo, aberta ao público em geral, partir das 17h.
Com este trabalho social o protejo busca diminuir o acúmulo gerado pelo descarte de peças de roupas utilizadas no segmento corporativo, utilizando essa matéria têxtil na produção de novas peças, aliando essa premissa a um viés social ao promover a geração de renda para o público-alvo do PVM. No desfile desta sexta-feira serão apresentadas algumas das peças confeccionadas nas oficinas de costura a partir desse material.
PRÓXIMOS PASSOS
Nesta segunda edição, o projeto ganhou uma nova e importante parceria: a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho de Ananindeua (SEMCAT). A partir dessa atuação conjunta, as atividades que até então estavam restritas às instalações da Fábrica Esperança, serão levadas ao Espaço Cidadão mantido pela PMA no bairro de Águas Lindas, onde são atendidas mulheres da comunidade e de bairros adjacentes como Aurá, Águas Brancas e Júlia Seffer.
A meta é atender em torno de 200 mulheres da periferia de Ananindeua nessa nova fase. Desde o início do projeto, há dois anos, quase 500 delas já passaram pelas oficinas do Pará Virou Moda. Em 2022, o projeto capacitou e certificou 160 pessoas atendidas pelo Governo do Pará na Usina da Paz do Icuí, onde foram ofertadas oficinas de passarela e postura e de corte e costura. Somente na primeira foram treinadas 110 alunas, algumas das quais selecionadas para desfilar pelo projeto.
Segundo Tiago Gomes, produtor cultural do projeto, desde 2019, quando tudo começou, já foram eliminadas do descarte indevido e inconsciente em torno de 1,2 toneladas de material têxtil dispensado por empresas como a ALC, Dínamo, ORM Cabo, Fábrica Esperança e Equatorial Pará. “O objetivo agora é expandir cada vez mais o alcance da iniciativa, que na terceira etapa deverá chegar também às mulheres da Ilha do Marajó”, antecipa.
Para Michelle Miranda, analista de Sustentabilidade da Equatorial Pará, é importante para a empresa apoiar iniciativas como essa que, além da responsabilidade social, também trabalham a responsabilidade ambiental. “Para além do foco na moda fashion, o projeto tem a preocupação e a sensibilidade de abraçar um público que enfrenta grandes dificuldades no mercado de trabalho. Após o curso, essas mulheres podem conseguir uma fonte de renda para ajudar as famílias”, ressalta.
O ‘Pará Virou Moda’ tem o patrocínio da Equatorial Energia e parceria da Fábrica Esperança e Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho de Ananindeua (SEMCAT)
Serviço:
Desfile “O Pará Virou Moda”
Quando: sexta-feira,19 maio
Onde: Armazém do Tempo, Mangal das Garças (R. Carneiro da Rocha, s/n – Cidade Velha)
Hora: 17h.