O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira, 21, em um pronunciamento nacional, que está convocando 300 mil reservistas do exército para se unirem às tropas russas na guerra contra a Ucrânia. “Isto não é um blefe”, declarou o líder russo.
No pronunciamento transmitido para toda a população russa, Vladimir Putin afirmou: “Vários representantes do alto escalão de países da Otan falam da possibilidade e admissibilidade de usar armas de destruição em massa contra a Rússia. Falam até de ameaça nuclear. Quero dizer a quem diz isso que nosso país possui uma variedade de armas de destruição, algumas mais modernas até que as dos países da Otan”.
Na primeira mobilização militar russa desde a Segunda Guerra Mundial, Putin não deixou claro a partir de quando os cidadãos serão convocados. O que o presidente da Rússia deixou claro é que apenas os que já possuem alguma experiência militar será chamado.
O pronunciamento de Putin gerou revolta na população e causou uma corrida à compra de passagens áereas para sair do país, que logo começaram a esgotar. Voos para Dubai se tornaram os mais baratos mesmo custando cerca de 300 mil rublos (cerca de 25 mil reais).
Putin também afirmou que prorrogou indefinidamente os contratos dos soldados que já estão na Ucrânia e anunciou também que aumentou os gastos com o armamento.
COMO O OCIDENTE REAGIU
Em seu discurso na ONU, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que ninguém ameaça a Rússia e ressaltou que a guerra na Ucrânia é “uma guerra de um homem só”.
Representantes da Alemanha e do Reino Unido afirmaram que as medidas tomadas por Putin, são um claro sinal de que a Rússia está perdendo a guerra. Já o Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, avaliou o discurso do presidente russo como uma “retórica perigosa e imprudente”.
O papa Francisco também se pronunciou se posicionando contra as palavras de Vladimir dizendo que “É uma loucura pensar em usar armas nucleares neste momento”.
O porta voz da União Europeia considerou o pronuciamento de Putin uma “aposta nuclear muito perigosa” e a ministra de Relações Exteriores do Reino Unido afirmou ser “uma escalada muito perigosa” da guerra.
