Na quarta-feira, 03, a Polícia Federal bateu na porta da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, e apreendeu o celular dele, pen-drive e coletou informações sobre a suspeita de que os certificados de vacinação contra a Covid-19 dele, da esposa, Michelle Bolsonaro, da filha de 12 anos, Laura, e de ajudantes foram forjados e inseridos no sistema de informações do Ministério de Saúde, para burlar a determinação sanitária e entrar nos Estados Unidos, ano passado, segundo investiga a PF.
Entre os 16 suspeitos de envolvimento na fraude dos comprovantes de vacina da família Bolsonaro, um nome também está ligado à investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes, em 2018. Trata-se do ex-veriador do Rio de Janeiro, Marcello Siliciano.
De acord com a PF, ele teria sido procurado por Mauro Cid, um dos presos ontem, 3, suspeito de envolvimento na fraude dos certificados de vacina, para emitir um certificado falso em Duque de Caxias. O documento falso seria para a esposa de Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, e funcionaria para Siciliano como uma “troca de favores”.
Soma-se isso, o fato de que, em mesagens reveladas pela PF durante operação contra o esquema de fraudes de vacinação, o candidato a deputado estadual pelo PL do Rio, afirmou conhecer o mandante da morte da vereadora e ativista Marielle Franco. Alinton foi um dos seis presos na quarta, 03, no desdobramento da investigação sobre o certificado de vacinação de Bolsonaro, familiares e ajudantes.
COMO OCORREU?
Mensagens trocadas entre eles mostraram um pedido de ajuda de Marcello para “resolver um problema com o visto de entrada nos Estados Unidos” em decorrência de seu envolvimento na investigação sobre o caso Marielle.
Em 2018, Siliciano foi apontado por uma testemunha como mandante do crime contra a vereadora. Ele chegou a ser alvo de mandados de busca e apreensão e negou o envolvimento. Na época, afirmou que estavam tentando matá-lo “com o mesmo tiro” que assassinou Marielle. Tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público do RJ não o tratam como suspeito ou investigado no caso.
*Com informações de G1.