Quase um terço dos transplantes de coração feitos no Brasil de 1º de janeiro até este domingo (27), foram realizados em pessoas que estavam a menos de 30 dias na fila, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
- Menos de 30 dias – 72 pessoas
- De 30 a 90 dias – 65 pessoas
- De 3 a 6 meses – 39 pessoas
- De 6 meses a 1 ano – 48 pessoas
- Mais de 1 ano – 38 pessoas
Neste ano, até o momento, foram realizados 262 transplantes de coração no país – incluindo o do apresentador Faustão.
“Esse tempo de espera mais curto é normal nos casos de prioridade. A agilidade reforça mais uma vez a eficiência do sistema de transplantes no país”, afirma Gustavo Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Fausto Silva passou por um transplante cardíaco neste domingo, 27, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde ele está internado desde 5 de agosto em São Paulo.
Segundo o hospital, a cirurgia aconteceu no início da tarde e durou cerca de 2h30.
Neste domingo, o Ministério da Saúde informou que na última semana, entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 11 transplantes de coração no país, sete deles no estado de São Paulo. Ainda segundo a pasta, Faustão foi priorizado na fila de espera em razão de seu estado de saúde.
Como funciona a fila?
A gravidade do quadro do paciente é levada em conta na formação da lista de espera por um coração. Quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa, por exemplo. A espera não leva em conta se o paciente fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular.
Veja abaixo um resumo de como funciona o processo:
- ordem cronológica de cadastro;
- gravidade do quadro – quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa;
- tipo sanguíneo – um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
- porte físico – alguém alto e mais pesado não pode receber o coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
- e distância geográfica – o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas. Ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas pessoas que estejam muito distantes uma da outra.
*Com informações de G1