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Queimadas no Brasil crescem quase 80% e Pará lidera o ranking, segundo dados do Mapbiomas

Imagem: Reprodução

De acordo com dados do site de monitoramento climático Mapbiomas, divulgados nesta quarta-feira, 22, as queimadas no Brasil aumentaram em quase 80% entre 2023 e 2024, com mais de 30,8 milhões de hectares queimados no ano passado — uma área maior que o território da Itália.

Esse crescimento de 79% representa um aumento de 13,6 milhões de hectares em relação ao ano anterior, sendo a maior área queimada desde 2019, conforme o monitoramento. A vegetação nativa foi a mais afetada, com 73% das áreas queimadas, especialmente nas formações florestais, que corresponderam a 25% da área total.

As pastagens também tiveram grande impacto, com 6,7 milhões de hectares queimados. O aumento das queimadas é atribuído aos efeitos do fenômeno “El Niño“, que causou um período de seca prolongada em grande parte do país, tornando a vegetação mais vulnerável ao fogo.

A Amazônia foi o bioma mais atingido, com 17,9 milhões de hectares queimados, representando 58% da área total queimada no Brasil, e sendo a maior área queimada nos últimos seis anos.

O estado do Pará foi o mais afetado, com 7,3 milhões de hectares queimados, seguido por Mato Grosso e Tocantins, que juntos responderam por mais da metade da área queimada.

Dados de queimadas em dezembro

Em dezembro de 2024, a Amazônia foi responsável por 88% do total de áreas queimadas no Brasil, com 964 mil hectares afetados. As florestas, incluindo as alagáveis, foram o tipo de vegetação nativa mais impactado, representando 37,5% da área queimada no bioma, ou 361 mil hectares. As pastagens também sofreram considerável impacto, respondendo por 29,6% da área total queimada na Amazônia, equivalente a 285 mil hectares.

O Pará também liderou as queimadas em dezembro, com 407 mil hectares, destacando-se o município de Porto de Moz com 41 mil hectares queimados.

*Com fontes do Mapbiomas

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