Fazendo sucesso em diferentes locais de Portugal, a DJ Pam é uma paraense que vem ganhando notoriedade, abrindo shows de diversos artistas como Pabllo Vittar e Gloria Groove. O sucesso da DJ não se limita apenas ao Brasil, já que em 2020 ela se mudou para Portugal, onde também vem se destacando.
Mas, afinal, de onde ela veio? Pamella B. Moura do Nascimento é natural de Belém do Pará, crescida no bairro da Pedreira e começou cedo no mundo artístico, desde 10 anos atuando em musicais infantis pela cidade. Encontrou com o mundo da música ainda na faculdade, enquanto ajudava um amigo a produzir shows de cantores independentes.
“Sou uma apaixonada por música e tudo que vem dela, sejam cantores, DJs; me influenciam de uma maneira natural”, afirmou Pamella.
Ainda sobre suas influências no mundo da música, a artista comentou: “Hoje, acho que minha maior influência, que não é só influência, mas também consumo, é a Maria Betânia; sou apaixonada pela Joelma; e trazendo para a parte que eu toco, por ser DJ também, eu gosto muito do David Guetta.”
No dia 9 de junho de 2016, ela teve sua primeira experiência como DJ em um clube da cidade, onde se apaixonou pelo estilo. Entre shows no Rio de Janeiro com artistas nacionais, Pamella já participou de diversos festivais como Chá da Alice, QDZ e Mara.
“No Brasil, eu tive essa honra de trabalhar com Pabllo Vittar, Gloria Groove, dentre outros. É uma honra você ter a responsabilidade de abrir, esquentar uma pista, para receber uma artista fenomenal”, comentou Pamella sobre participar de grandes eventos.
Cada vez mais inserida no mundo da música, ela se mudou para Portugal para estudar e acabou ingressando na Academia Internacional de Música Eletrônica (AIMEC), onde se formou. A DJ é especializada em música pop, música eletrônica e eventos.
Um ano e três meses em Portugal insistindo em seu sonho, a artista paraense começou a perceber que sua carreira havia alavancado: “Chegou em um ponto de eu andar em determinados lugares e ser reconhecida pelo meu trabalho, por alguma festa, por algum show que eu fiz em festivais que eu toquei. Isso deu um alerta que isso tava acontecendo”,lembra.
Atualmente ela trabalha em lugares fixos, como a casa de show tradicional chamada “Friends”, localizada em um bairro boêmio, tradicional de Lisboa, além de uma rede de hotel cinco estrelas e também no porto em uma discoteca chamada ‘Zoom’”.
“São três pontos fixos que eu consigo me conectar com meu público e é maravilhoso”, afirmou a DJ.
A artista também se intitula influencer plus-size e afirmou que a beleza é subjetiva e a aceitação é o que mais importa: “A beleza tem algo a ver com nosso interno, com a nossa energia, com nosso caráter e nossa personalidade. Isso tudo transcende no nosso exterior e faz a gente se conectar com aquilo que seja belo e não o que é imposto pela sociedade”.
Pamella também falou sobre as inspirações que toma de suas raízes e como elas influenciam no seu trabalho, que vem crescendo: “Minhas raízes são necessárias e elas são claras quando você vai ver qualquer trabalho meu porque eu sempre trago isso. Gosto muito de falar de onde eu vim, da minha cultura e dar uma certa atenção pra minha raiz.
“Tem muita influência, eu toco cantores e artistas do norte do Pará, eu sempre tô mostrando porque acho que a minha condição do meu trabalho também é de ensinar de uma certa forma alí na pista. Estou sempre tentando resgatar isso e até mesmo é uma forma de me sentir poderosa quando eu mostro de onde eu vim e quem eu sou, acho isso o máximo!”
“Eu percebi que minha carreira começou a mudar em portugal quando eu percebi que tinha agenda e tinham pessoas que se conectaram comigo, foi aí que eu comecei a ter um clique de ‘algo está acontecendo’ e foi algo absolutamente natural”