A pivô Stephanie Soares fez história nesta segunda-feira, 10, ao ser a quarta escolha do draft da WNBA – liga de basquete feminino profissional dos Estados Unidos. Com o feito, a atleta de 22 anos alcançou a melhor posição já conquistada por uma brasileira em uma edição do Draft.
Stephanie foi selecionada pelo Washington Mistics que, após a escolha, trocou a pivô para o Dallas Wings pelo direito de ter prioridade em escolhas futuras de novas jogadoras. Em coletiva após ser escolhida, a brasileira falou sobre o sentimento de ser uma das draftadas. “É muita emoção. Muito mais nervosismo. Agora é pura emoção. É ficar pronta e ir para Dallas”, declarou.
INFÂNCIA SEM TV
Stephanie, que está machucada e já está fora de toda a próxima temporada da WNBA, tem 2,01m e 22 anos de idade. Ela foi criada no Acampamento Evangélico Recanto Sal, em Nova Odessa, no interior de São Paulo. No local, que era administrado pelos pais da atleta, ela e o irmão Tim Soares, jogador da seleção masculina de basquete, cresceram sem poder assistir televisão porque os pais consideravam o aparelho uma “distração”.
RELIGIÃO
Integrante da Seleção Brasileira desde 2018, Stephanie teve a chance de encurtar seu caminho para a WNBA, mas, segundo a mãe da atleta em uma entrevista ao UOL, a pivô “preferiu dar mais valor ao relacionamento dela com Deus do que à fama ou algo assim”. Isto porque a atleta escolheu estudar na The Master’s, uma universidade “com compromisso intransigente com Cristo e com as Escrituras”. A instituição não faz parte do sistema da NCAA, principal liga universitária norte-americana, mas da NAIA, bem menos relevante.
“Desde pequena, o objetivo foi vir para cá e jogar. Eu nunca pensei que queria ter outras oportunidades. Meus pais me ensinaram muito a importância de Deus, da bíblia. Uma das coisas que eu queria focar era fazer crescer meu relacionamento com Deus, aprender mais sobre Ele e sobre a bíblia”, disse Stephanie à coluna “Olhar Olímpico”, do UOL, em 2021.
Agora, Stephanie é a primeira brasileira a ser draftada para a WNBA. Antes dela, 13 atletas brasileiras conseguiram jogar a competição: Leila Sobral, Alessandra, Kelly, Claudinha, Adrianinha, Helen Luz, Clarissa, Cíntia, Erika, Janeth, Nadia, Iziane e Damiris – esta última sendo a única a ter assinado um contrato na liga.
Com informações UOL*
