O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), minimizou a situação vivida por mais de 33 milhões de brasileiros em situação de fome no país. Segundo o parlamentar, o Auxílio Brasil é suficiente para que ninguém que o receba passe fome no Brasil.
Em entrevista à CNN Brasil, o filho do presidente Jair Bolsonaro afirmou que o chefe do Executivo faz o que está ao alcance dele. “Quem recebe 400 reais por mês de Auxílio Brasil pode ter dificuldade, mas fome não passa. O presidente Bolsonaro zerou os impostos federais sobre arroz, feijão, zerou impostos de importação sobre os derivados do petróleo que vem para abastecer as nossas redes de postos. Quer dizer, o que está ao alcance dele ele tá fazendo”, argumentou.
Flávio Bolsonaro falou, ainda, que brasileiros que passam por dificuldades “talvez” não façam parte dos programas sociais do governo federal. “Óbvio que tem pessoas que passam dificuldade, mas talvez por não conseguirem ter ainda acesso a um programa social do governo que, sem dúvida alguma, ampararia essas pessoas, né?”, disse.
FOME O BRASIL
Esta semana, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), divulgou o segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil.
No relatório, podemos ver que o avanço da fome no país se alastrou e, atualmente, já atinge 33,1 milhões de brasileiros. Em números totais, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país.
OPOSIÇÃO REAGE
As palavras de Flávio Bolsonaro não caíram bem para a oposição. O pré-candidato a Deputado Estadual Leonel Radde (PT-RS), chamou o senador de corrupto.
A vereadora Erika Hilton, presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de São Paulo, questionou se o senador já entrou em algum mercado do país
O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, listou argumentos para rebater o colega parlamentar.