Seis dias após o confronto entre Remo e Corinthians pelo jogo de ida pela terceira fase da Copa do Brasil, o comandante geral da Policia Militar exonerou Juniso Honorato e Silva da função de comandante do Comando de Policiamento Especializado e o transferiu para a Comissão de Correição do Comando de Policiamento Regional XIII, em São Félix do Xingu, interior do Pará.
Juniso Honorato chefiou o policiamento no jogo entre Remo e Corinthians, realizado no dia 12 de abril, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. Na ocasião, milhares de torcedores, de ambos os clubes, ficaram do lado de fora do estádio – mesmo com o ingresso da partida. A alegação dos policiais que estavam na parte externa do estádio, incluindo Juniso, era de que o local estava com a lotação máxima permitida.
Entretanto, a versão foi facilmente contestada pelo borderô da partida. No documento oficial do jogo, o público total dentro do estádio foi de 42.599 pessoas – e a capacidade do Mangueirão é de 50 mil torcedores. Muitas pessoas presentes no estádio também contestaram a versão de Juniso Honorato que, em um vídeo, aparece dizendo que o local estava lotado e que até as rampas estariam tomadas pelo público.
Depois da confusão na entrada do estádio, o Clube do Remo, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) e a administração do Mangueirão negaram terem dado a ordem de fechar os portões do estádio. A única instituição a não se manifestar oficialmente ao ser procurada foi a Polícia Militar.
O motivo da transferência de Juniso Honorato não foi informado pela Polícia Militar.
